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Artigos-->Mezzanino -- 13/12/2006 - 10:04 (anderson jose de aguilar) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Mezzanino



Três horas de uma madrugada de verão

e aqui estou, entre armações de cimento

que dão formas a pilastras e frias paredes,

num ambiente sombrio e melancólico.



E no tédio fúnebre deste mármore,

no saguão que a própria luz,

artificial e decorativa é solitária,

turbilhões de ondas que emanam do peito,

como que por encanto de magia, formam

a imagem daquela que habita meu coração.



Embaçada por uma luz rósea

sua imagem vem ao meu encontro.

Sinto então o toque de suas mãos

suaves como a seda.

Ouço sua voz meiga sussurrar meu nome,

e sinto seus lábios como o mais puro mel.



Seu abraço então me envolve

com o manto das ninfas.

E nesse momento,

no aconchego de minha amada ...

não mais existe o tédio.





Anderson Aguilar



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