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Artigos-->Insubordinação, Impunidade & Molecagem Institucional. -- 09/12/2006 - 11:36 (Sereno Hopefaith) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:130951824895943400
INSUBORDINAÇÃO, IMPUNIDADE

& MOLECAGEM INSTITUCIONAL

(AS FORÇAS ARMADAS DA DITADURA)





A crise dos aeroportos é uma demonstração do poder nefasto da extrema direita. Os passageiros, há tempo, na incômoda situação de ficar esperando o trem do avião que não chega, não parte, não desce, não sobe.



A administração dos principais aeroportos do país fazendo-os passar vexames, os mais diversos. São pessoas que perdem a vida em hospitais por que o atraso no transporte aéreo de órgãos para transplantes não pode ser realizado a tempo hábil.



Os atrasos generalizaram-se nos vôos domésticos e internacionais. No campo da aviação, a aeronáutica posiciona os portos aeroportos do país, como se este fosse uma República das Bananas. É a maneira cafajeste dos brigadeiros e oficiais do terrorismo militar doméstico darem as "boas vindas" ao novo governo do Presidente Lula da Silva.



O terrorismo institucional começa como se seus atos não tivessem a intenção que têem. Camufla-se por detrás da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). É a turma do atraso que não se conforma em ter perdido as eleições presidenciais. Querem mostrar seu descontentamento a qualquer preço. A democracia para eles é uma inconveniência, se não elegem seus candidatos.



Se a gestão do setor aéreo do Brasil foi classificada de "caótica" pelo Tribunal de Contas da União, é porque há desordem e negligência, inércia e falta de planejamento. As autoridades por detrás do controle do tráfego nas regiões aéreas investiram na deterioração dos serviços prestados pelo Comando da Aeronáutica.



E o ministro da Defesa, Waldir Pires, assim como o comandante da Aeronáutica, Luís Carlos Bueno, admitiram que não havia um único técnico no país que soubesse desavariar o desvario. Ou seja: consertar o equipamento que parou de funcionar.



Se é que a falha está mesmo no equipamento. Ou esse equipamento falho não passa de mais um motivo paliativo para camuflar esse ato de insubordinação e de guerra-fria entre os representantes da guerrilha da extrema direita, e seus subordinados da burocracia aeronáutica.



No tempo da ditadura militar explícita (64-85), o "Serviço de Inteligência" da Aeronáutica conhecido pela truculência repressiva impune de sua tropa de choque, responsável pela prisão e o desaparecimento de dezenas de cidadãos brasileiros, mandava e desmandava, fazia e acontecia, com o aval do comando das forças armadas.



A sigla SISA era sinonímia de arbítrio, matança, tortura, horror. Responsável pela prisão, suplício, assassinato de Zuzu Angel e do filho dessa, que buscava desesperadamente fazer justiça, condenar os culpados pelo arbítrio que o vitimou.



A crise nos aeroportos teve seu começo em outubro, logo depois do acidente com o vôo 1907 da Gol em 29 de setembro, que produziu a nefasta estatística de 154 mortes. Mortes horríveis. Pedaços de cadáveres despedaçados pelo impacto da queda da aeronave em área restrita da selva amazônica. Pedaços de corpos encontrados a dezenas e dezenas de metro do Boing da Gol sinistrado.



As instituições de administração de serviços da Aeronáutica, aproveitando-se insidiosamente do sinistro, administram a chamada operação-padrão, a partir da qual o espaçamento de tempo entre as decolagens é maior, enquanto estratégia de chamar a atenção da opinião pública para os problemas da área. Quem paga o pato são os passageiros.



O aeroporto de Guarulhos virou um bagulho, Congonhas rimou com serviço aéreo sem-vergonha. O Galeão com desempenho bundão, e os passageiros com destino às capitais brasileiras desde outubro (estamos em dezembro) passam sufoco nas salas de espera dos aeroportos, assim como os viajantes que se dirigem a Buenos Aires, Roma, Paris, Nova York, Frankfurt, Milão, Caracas, entre muitos outros.



Se a continuidade dessa crise não for sinônima de insubordinação, então, como defini-la? Há alguém com uma definição melhor?



O outro lado da mesma moeda de César aponta para o contingenciamento sistemático das verbas dos fundos Aeronáutico e Aeroportuário. A retenção de partes substanciais dessas verbas pelo Governo estaria a produzir a diminuição dos recursos aplicados, que produziriam o resultado deletério à mostra nas salas de espera dos aeroportos nacionais. Provocando, em conseqüência, a deterioração do sistema.



Um erro justifica outros? Até quando?

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