Deitado sobre as pedras do caminho
reflito sobre o dom de ser sozinho.
Encontro meu passado amarrotado,
descubro meu presente sem pecado,
escrevo meu futuro em pergaminho.
Quisera fosse eu um ser demente
iludido à mercê de minha mente.
Mas sou poeta, sangue vermelho
de tinta que mancha o espelho
e reflete um ser carente.
Oh, poesia ! Por que escrevestes minha jornada
se sou poeta e dono de sua palavra ?
©Marc Fortuna, 06/12/2001
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