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Artigos-->Resenha do Livro Penetrália -- 03/12/2006 - 18:08 (Lúcio Emílio do Espírito Santo Júnior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Penetrália (Lúcio Emílio do Espírito Santo Júnior, Ed. Dez Escritos, 2005), nome que ao mesmo tempo forneceu título a um soneto de Olavo Bilac, é nome de gravadora de Death Metal e de um disco de uma banda nesse gênero musical, além de uma palavra latina que designa o interior de uma residência, tendo sido utilizada, por exemplo, por Lúcio Apuleio, é também, desde 2005, um livro constituído por três contos: Alice, Rebecca e Penetrália. Alice tratou de uma personagem solitária. Quem narrou o conto foi um amigo anônimo de Alice, e contou a história quase que a partir do fim. Embora não textual, o texto faz referência a Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, onde a personagem crescia e diminuía após tomar uma poção, via apenas o sorriso de um gato, lutava contra a rainha de copas, etc. No caso do conto, Alice vive em sua vida um pesadelo, atormentada por drogas para dormir e impulsos suicidas. O texto enfocou, como tema transversal, a situação de opressão da mulher no Brasil de hoje em dia. O texto trouxe uma epígrafe de Rimbaud, fazendo associação com a vida sofrida e desregrada do jovem poeta e a da protagonista, uma moça comum, vivendo um momento de desespero. O conto seguinte, Rebecca, prosseguiu focalizando uma personagem feminina numa obsessão quase que à la Ingrid Bergman pelo universo feminino. O protagonista desse conto, o caricato jornalista Arcanjo Bolina, trabalha num jornal decadente chamado O Debate, trabalhando na seção de óbitos. Ele encontra-se com a artista plástica de meia idade chamada Rebecca Matos e vive com ela uma relação rápida (apenas uma noite) e intensa. As impressões do protagonista a respeito da mulher são contraditórias e conflitivas, vê-se que ela desperta nele uma espécie de consciência existencial profunda. Finalizando o livro, há o texto experimental Penetrália, que inicia-se como uma espécie de mini-romance de geração, narrando as vivências de um grupo de amigos envolvendo-se com a política na década de 90 brasileira e escrevendo poemas e fanzines em conjunto. Porém, na medida em que o conto progride, poemas, hai-kais, textos sobre artes plásticas e pequenos trechos surrealistas quebram a narrativa, que vai se esgarçando até terminar em delírios inspirados simultaneamente nos textos de prosa espontânea dos beatniks e nos ensandecidos diálogos do filme Terra em Transe, de Glauber Rocha.

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