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Cordel-->Juri em casa de coroné -- 20/12/2002 - 01:25 (Benedita Carvalho Mota de Andrade (Bené)) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Se aldeia está em festa
Com quermesse e vaquejada
Nos comícios e leilões
São as vítimas alvejadas
Pra disfarçar a multidão
Cobrem-se os céus de rajadas

Seja tiro, bomba ou fogos
A aldeia não se apavora,
Pois está sempre agachada,
Como o sapo, que nela mora
Empunhando sempre a arma
Vai fazendo a sua historia


A pajelança se esconde
Por detrás deste cenário
Disfarsa que nada sabe
Mas defende o corsário,
Contratando perito em lei,
O amigo donatário

Em chegando ao Tribunal
Todo tipo aparece
Índio branco, índio alegre
Réu que sabe o que acontece.
Reclamando o resultado,
Logo cedo, a tribo esquece

Só estou a discorrer
Sobre apelidos e afins
Paraguaçu com seu brio
E o seu impecável jeans
Que a gente sabe é o mesmo
Do começo até o fim

Cá estão as Cajazeiras
Quando e vez cortando o pano
São amigas do Batoré
Do Menino do cigano
Dão risadas do Munsum,
Que a todos vai imitando

Tem um socó de Lagoa
Estreante e caçuleta
Se esconde pelos cantos
Nem parece o Borboleta
Que é sempre rejeitado
Temido que nem cometa

¨Galeguim dos oi azul¨
Não é só governador
Tem jurado igualzinho
Do apelido merecedor
Tem Faustão de capa preta
Do chefe bajulador

Conhecido empresário
Com ares de coronel
Indio discreto e valente
Vem o Sargento Pincel
Com seu bigode imponente
É figura de cordel

Espantado fazendo a lei
Está lá o Caboré
Arregalando os óios
Dispensando água e café
Manda lê jurisprudência
Sem saber o júri quem é

Neste júri tem de tudo
Vara verde entogada
Tem até juiz de paz
Camarão desempanado
Wagner Montes sem bastão
Paulo Gracindo ressucitado

Papa-arroz fala de Deus
Vai apenando os réus
Protegido nas decisões
Por jurados rapunzéus
Com seu metro e meio de altura
É tal baiano de Ilhéus

Advogados do Diabo
Demonstrando fortaleza
Exploram com segurança
O código que está na mesa
Pela orfandade do povo
Assentam sua defesa

O plenário foi invadido
Por cariris a paisana
Seriam estagiários
Ou advogados insanos
De beleza desprovidos
Ou são Lemo ou Adriano


Pra surpresa do plenário
Abateram com eficiência
A tese do promotor
Com invejável eloquência
Pra hermeneutas da lei
O que pesa é competência

As diversidades do voto
São entregues a consciências
Que a ninguém cabe julgar
A sua concreta decência
Só por Deus vem a Justiça
Na sua sacra Onisciência

Eu não dei os apelidos
Quem o fez se manifeste,
Sou humilde e acanhada
Se duvidas que me teste.
Pra fazer comparações,
Tem que ser cabra-da-peste.-







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