A República Federativa do Brasil, na sua atual conjuntura, tem adotado uma sistemática digna de repulsa quando se trata da manutenção de órgãos assessores. O atual presidente ao escolher seu corpo de assessoria criara ministérios que só existem no papel. O titular do MINC (Ministério da Cultura), por exemplo, é excelente... como cantor e compositor. Como chefe da Pasta a que consta no seu prontuário e no seu contracheque, é totalmente nulo.
O presidente criou o Ministério da Igualdade Racial, cujas funções seriam desenvolvidas pelo Ministério da Cultura, se a Conjuntura Política da República Federativa do Brasil fosse levada a sério.
A sra. Matilde Ribeiro, ministra da Pasta recém criada inicia a sua gestão dando sinal de que veio para revolucionar a República Fderativa do Brasil no tocante às questões étnicas. Ora, muito embora haja uma gama de tons de tez e de culturas no Brasil, a mais ingênua criatura entende que este país é absolutamente miscigenado. Somos, brancos, pretos, amarelos, pardos, avermelhados, sararás e plúmbeos (cor de chumbo - a maioria de nós brasileiros). O país tem sérios problemas sociais, mas eles não decorrem simplesmente pela diferença da cor da pele entre as gentes daqui. Em entrevista na Revista Caros Amigos deste mês de novembro a ministra Matilde Ribeiro declarou que "o fato de os brancos se tornarem ressentidos" com as medidas que favorecem os negros já é uma grande vitória. Com essa declaração a ministra se legitima mais uma promotora de conflitos raciais do que uma alta funcionária que deveria combater a desigualdade social entre todos os brasileiros, independente da cor da pele, da raça, da cultura. Uma democracia racial não pode ser promovida com um discurso com esse teor, o qual indica a que veio a ministra. É óbvio que neste país de território imenso existem, ou coexistem, diversos gêneros de manifestações culturais, porém não se conhecem notícias de conflitos entre essas manifestações, muito menos entre raças.
As cotas universitárias em favor de negros, índios são uma dádiva para os que são contemplados. E o restante da população. Será que não há brancos carentes no Brasil. O Brasil necessita é de uma política séria no setor cultural-educativo a qual atinja todas as classes carentes sem levar em conta a cor da pele ou a raça. Antes de tudo, o que os governants deviam fazer era investir de verdade no ensino público básico, atribuindo a ele qualidade para que o aluno pobre, egreesso deste sistema, tivesse condição de ingressar numa faculdade pública (sem necesitar as tais cotas) e não numa particular, as quais proliferam pelo país e formam um verdadeiro cartel na educação, cujo sistema de cotas vem beneficiar essa cartelização.