O êxodo de pessoas de países para países sempre existiu. Um dos motivos principais foi sempre a busca de melhores condições de vida.
A migração sempre acontece de países onde o meio de sobrevivência se torna pouco favorável. Acontece por situações de guerras civis, por busca de uma profissão mais qualificada que seu país de origem não o condiciona adquirir, enfim, por diversas outras razões. Na verdade, o homem sempre foi um aventureiro nato.
Porém, os países que atraem mais migrantes estrangeiros são aqueles em que a situação de bem-estar oferece uma condição favorável: boa ou ótima de sobrevivência, ou seja, a nação receptora é sempre industrializada, desenvolvida, oferece um aceitável padrão de vida, possui uma situação política estável.
No entanto, esses episódios têm causado um episódio enfadonho nos últimos anos. Sabe-se que a migração é mais frequente em direção aos países mais ricos, desenvolvidos em todos os setores: EUA, Europa Ocidental, Japão e Austrália.
O fato é que os migrantes que adentram os países mencionados acima são oriundos de nações pobres, possuem culturas bem diversas daqueles países onde aportam e, em geral, pouca têm instrução ou profissão não qualificada. É sabido também que o povo das nações receptoras dos migrantes, bem como suas autoridades constituídas,
são absolutamente arredios e excludentes em relação a estrangeiros, sobretudo aos de origem de nações de terceiro mundo. É uma xenofobia tão arraigada, como se os estrangeiros fossem contaminá-los com suas culturas. Aliás, o resultado desse embate às vezes é trágico. Resultado disso é o que ocorreu na Grã-Bretanha com o brasileiro Jean Charles, há mais ou menos dois anos. O que vem ocorrendo na França com os africanos e seus descendentes. Agora, um bloco de países (por último a Holanda) decide impor uma lei absurda, proibindo os muçulmanos de trajar o tradicional hijab - véu. São medidas ridículas as quais revelam a estupidez de um continente que se considera o berço da civilidade e da democracia. O primeiro ministro italiano, Romano Prodi, decretou que todos devem mostrar-se desfeitos das vestes tradicionais. Então, que se dispa de corpo inteiro.
O fato é que tudo leva a crer que estamos revendo, depois de mais de mil anos à uma versão aos do império Romano contra os bárbaros.
Joel de Sá |
