Não sou grande, nem pequeno.
Não! Mas, morra de inveja,
não sou lá nenhum veneno
que no sangue dor enseja.
Sempre fui de medição,
mas, toda flor que conquisto
gosta de repetição
e, por isso, eu insisto.
Estou sempre cavucando,
sem muita penetração.
Fico sempre me lembrando
que mais vale a fricção.
Pra não ter constipação,
uso touca de primeira
e, quando levo chuvão,
paro de fazer besteira.
E não sou de competir,
cada qual tem sua graça.
Eu fico no ir e vir,
outro é só ameaça.
E a coisa que não faço
é recusar uma flor.
Nunca fui de estardalhaço
mas, cara, sou um furor!
De vez em quando, doutor,
faça recomendação,
meu querido portador
esquece da prevenção.
Inda mais neste Natal,
cheio de tanta festança.
A flor dá em qualquer pau,
a fim de encher a pança.
Pra não ter mal-entendido
e não perder confiança,
estou sempre decidido,
pois, meu nome é Esperança.
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