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Poesias-->Paradélia -- 04/07/2002 - 02:43 (Sylvia Mancini) |
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Ninguém faz poesia como ela
no tacho, fervente...
o mundo carece de ingredientes
difíceis de se encontrar
De saída tem que se ter
uma grande paixão
pelo pai e pelo filho
e boa mão senão o verso desanda
Fé eu tenho, mas sem intimidades
e não tenho fogão de lenha
nem janelas dando pra uma infância
cheia de pé de fedegoso, maravilha amarela
ponto de cruz, anjo de procissão
e música de mãe cantarolando na cozinha
e pai e padre e comadre proseando no alpendre
Jonathan eu tenho também
porque isso todo mundo tem
em algum canto do peito
mas não basta ter
sem medida nenhuma
porque eu que nunca soube
a quantidade exata de nada
é bem possível que me atrapalhasse
e colocasse muito dele nos meus versos
e tornasse por demais adocicado
o meu poema.
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