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Artigos-->QUAL É A DO PT? -- 16/11/2006 - 09:05 (José Virgolino de Alencar) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O PT, que ao chegar ao poder perdeu o rumo ideológico e entrou em crise de identidade, ainda bodeja na teoria que insiste na dicotomia esquerda/direita, autonomeando-se de bloco socialista, em flagrante entrechoque com a realidade do século XXI, com a própria prática que direciona seu governo e com os fatos que soterram a sua teoria.



A política, o modelo de gestão, a operação da economia e os métodos administrativos da máquina pública nada, mas nada mesmo, têm de socialista, pelo menos do socialismo de Estado que foi ultrapassado por novas idéias vigentes no mundo atual. Os petistas que estão dentro do governo sentiram que seu ideário dos anos 80/90 não tinha aplicabilidade neste século que começa sob os auspícios de um avanço tecnológico surpreendente, transformando o mundo numa só e gigante aldeia, onde as identidades nacionais, embora não percam as peculiaridades locais, deixam de ser total e fechadamente isoladas.



Não se pode dizer, contudo, que os ideólogos do governo tenham cometido um erro grave ao manterem o país inserido no contexto mundial, mesmo porque isso é contingência e não mero ato de vontade das pessoas dirigentes. O problema está na contradição entre o velho discurso e a nova prática, querendo convencer que não mudaram de pólo, quando, com os pés fincados no mercado globalizado, que está a anos luz do socialismo, em verdade pularam para a outra margem do canal que separa, digamos, as cores ideológicas.



Flagrados na execução de uma política que é a antítese do que pregavam, não têm a coragem de assumir a nova cor e ficam com um discurso engrolado, indefinido, esbravejando contra os críticos, caindo na tentação de amordaçar a imprensa, desenhando novos conceitos para a liberdade de expressão e, pior, desdenhando da opinião formada e politizada, invertendo a conceituação cultural de uma nação com a absurda sentença de que passar pelos bancos escolares, graduar-se, doutorar-se e especializar-se não são condições basilares para expor e dar consistência a idéias e pensamentos.



Para os neo-petistas, basta alinhar meia dúzia de slogans surrados, repetir lugares comuns, vocalizar chavões, pronto, está aí a verdade incontestável, contra a qual não valem os argumentos, ainda que expressos em linhas sustentadas por pilares que dão eficácia ao pensamento cultamente elaborado.



Querem que o empirismo, o raciocínio tosco, sobreponha o cientificismo resultante do conhecimento pesquisado e acumulado. Se acham no direito de não rebater argumentos, de não contrapor idéias, de não se explicar, partindo para a anatematização do oponente, para a desqualificação de suas idéias, colocando-o, sponte sua, no saco que a mente petista, nublada, costurou para meter lá dentro quem lhe for adverso.



Esquecem que a História, a verdadeira, a que registra e grava os fatos como eles aconteceram, é impiedosa com os impostores. Como é impossível enganar a todos todo o tempo, o tempo se encarrega de desmistificar e cobrar o preço. Stalin, Hitler, Mussolini, Franco, Stroesner, Pinochet, que o digam e Fidel Castro não perde por esperar.



Não, não se assustem. Não estou metendo Lula nesse time. Afinal, ele espertamente acomodou-se diante das forças que detêm o poder no país, não as contraria, pelo contrário, as afaga, anaboliza seus bolsos, engorda seus cofres. E vai levando, fazendo de conta que está carrancudo com tais forças, mas a carranca já não mete medo.



Ombreado com o PMDB de Jader Barbalho e Sarney, com o PP de Maluf, com o PL de Valdemar Costa Neto, com a bancada Collorida, com a bancada Evangélica, com a bancada Ruralista e com outros grupos que, descobre-se agora, são a fina-flor da modernidade e do ideal progressista, é assim que Sua Excelência, o Presidente, irá longe e nem precisa ver, ouvir ou saber de nada.



É só aboletar-se no Aerolula, zanzar por aí. O mais, deixa, que o mercado resolve.



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