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Artigos-->A BEM DA VERDADE -- 09/11/2006 - 20:05 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




A BEM DA VERDADE

(Por Domingos Oliveira Medeiros)



Senhor presidente, a bem da verdade e antes que seja tarde. Escute a voz de Deus, a voz do povo. A voz da sabedoria popular. A voz que não quer calar. Não nos faça de bobo, de novo. Como tem sido, até agora, por tantos governantes de outrora. A todo tempo e a toda hora, somos tratados como lixo. Pior que isso: material descartável, inservível; não reciclável. Principalmente se a idade for avançada e a pessoa, de votar, desobrigada. Aos olhos de muitos, não valemos mais nada. Até parece doença crônica, geneticamente herdada. Só os aposentados envelhecem. Políticos, banqueiros e determinados economistas são vacinados. Jamais envelhecem. Vivem, eternamente, às custas do Estado. Vale dizer, do erário. Ocupam cargos vitalícios. Por conta de erros e vícios. São os ossos do ofício. Ou o filé selecionado. Por tanto, nada pagaram. O tempo é o remédio para todos os males. À cada eleição, à cada presidente, a esperança se renova. O avô de hoje foi o pai e o filho de antes. A esperança permanece sentada na cadeira de balanço. A eterna história.



Querem desvincular o salário mínimo. Afastá-lo da Previdência. Sem dó em sem clemência. Mais uma vez, o mesmo acusado. O mesmo bode expiatório. O acusado notório. O culpado de sempre: o coitado do aposentado. Carregando, atracado, o pensionista, a despesa não prevista no orçamento dilapidado. Pelos que estão na ativa. Contra todos os desativados. Um palhaço e outro artista. Ambos precisando de mais dinheiro, justo no final da vida, quando mais idosos e adoentados, carcomidos pelo tempo. Justo quem precisa de mais um trocado, para ludibriar as rugas do seu rosto, o mapa dos caminhos de cada desgosto sob o pulsar compassado de seu coração magoado pelo descaso e pela maldade. A bem da verdade.



A desvinculação, por si só, não é a solução. Pois não é esta a questão. Desvincular caminha em outra direção. Deixar o aposentado na mão. Dar-lhe aumentos diferenciados do trabalhador que estiver na ativa. Diferenciados, vale dizer, para menos. Até que a distância os separe. E seu poder de compra se torne nulo. E o benefício se tornará chulo. Mais uma vez a perseguição. O governo acha que o aposentado é ladrão. Nunca vi tanta falta de humanidade. E de visão. E de Administração. E mais do que de objetivos, de missão. Afinal, todos os aposentados estamos inseridos no conceito de Nação.



E não me venham com essa história de divisão. De duas classes de aposentados. Uma das quais, a dos servidores públicos, rotulados de privilegiados. O povo está send

o mal informado. A bem da verdade.



São dois sistemas distintos e, de certa forma, parecidos. Com vantagens e desvantagens. O regime dos servidores públicos garante a aposentadoria integral. Todavia, sua contribuição, da mesma forma, é total. Não há limites para tal. Todo ganho entra na base de cálculo. Para o salário de dois mil, por exemplo, considerando dez por cento sobre tal, A contribuição, no final, 220 reais. Para quatro mil, 440 reais. Para dez mil, um mil e cem reais. Na previdência, há limite para o desconto. Até certo ponto, até o limite, até o teto. Salário de quatro mil, dez mil ou seja lá de quanto for, o desconto será sempre o mesmo, no limite do teto. Portanto, inferior ao do servidor. Quem ganhar quatro, seis, dez ou mais, neste setor, o desconto será sempre o mesmo, ou seja, 330 reais, para o teto de trÊs mil, de exemplo. Por isso, o trabalhador do setor privado não recebe, como o servidor público, aposentadoria integral. Todavia, tem direito ao FGTS, poupança acumulada ao longo do tempo de serviço, a que o servidor público, diga-se de passagem, não tem direito. Resumindo: o servidor público desconta mais, e por isso recebe aposentadoria maior. O trabalhador da iniciativa privada, desconta menos e por isso recebe aposentadoria menor. Todavia, o trabalhador tem direito ao FGTS, a que o servidor público não tem. A questão é essa. Finalmente, vale dizer que optar pelo serviço público ou pela iniciativa privada depende de cada pessoa. Não há proibição para tal. A única diferença é que,para ingressar no serviço público., há que se prestar concurso público.O que não é obrigatório para as empresas do setor privado.





A bem da verdade, o que a Previdência está precisando é de gerência. De planejamento e de ação. De especialistas em administração. O déficit da Previdência passa, primeiro, por sua ampla reformulação. Estruturas e políticas de gestão. Que, por sua vez, depende de outros fatores: cobrar, com maior rigor e inteligência, a dívida de seus devedores. Implantar melhores controles. Aprimorar a fiscalização. Inibir a corrupção. Cobrar o que foi desviado pela União. Dinheiro que, dizem, estaria sendo usado para outras finalidades. Eleição, por exemplo. Vender o patrimônio que está sendo mal utilizado. Estabelecer políticas que inibam o trabalho informal, de modo a aumentar a arrecadação da Previdência. Acabar com os rombos e escândalos. Tapar os ralos por onde escorrem a receita. E, entre outras medidas, acabar com a mania do assistencialismo barato: pagando aposentadoria e outros benefícios para quem nunca contribuiu de fato. Caso dos trabalhadores rurais que, embora possamos reconhecer de sua justeza, os recursos para cobrir tais despesas deveriam sair do orçamento geral da União, e não, como sendo, dos recursos recolhidos ao INSS.



E, sobretudo, retomar o crescimento econômico. Gerando empregos. Aumentando a arrecadação. Aprimorando a fiscalização. Distribuindo renda e fazendo outra opção. E não ficar parado na estação. Esperando o trem da alegria. O trem da especulação. Atrelado ao capital estrangeiro. Vulnerável às mudanças lá de fora. Ajudando a enriquecer o banqueiro. Finalmente, vale a indagação. Por que as empresas do setor de aposentadoria complementar dão lucro, e o INSS não?











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