A condenação do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein à pena de morte pode ser considerado uma sentença justa. Se levarmos em conta a quantidade de crimes por ele cometidos pelo e a forma como foram executados, concordamos plenamente com a aplicação da pena. Entretanto, se refletirmos com lucidez que a condenação servirá para impedir que se cometa novos crimes cruéis, a condenação não servirá como exemplo, tendo em vista que da forma que ela será executada vai estimular mais crueldade. As condenações por pena de morte, com quaisquer requintes, não estão contidas nas convenções da ONU e só vigoram nos países de tradição arcaica, nos quais ainda imperam leis truculentas, como a LEI DE TALIÃO.
A aplicação desse tipo de pena, no entanto, não condiz com uma nação que quer se promover à democracia, como é o caso do Iraque.
Tantos outros governantes cometeram e cometem crimes contra a humanidade e continuam posando de heróis ou de salvadores do mundo. Se é para se condenar à pena capital os governantes que mais dizimaram comunidades ou nações, que sentem nos banco dos réus alguns dos grandes líderes do nosso mundo atual.