Fomos todos enganados. A lição foi superada. Nem só com homens e letras. Uma nação é formada. É preciso mais que frases. Mais que entender as crases. A coisa é mais apurada. Não adianta somente. Rimar e escrever coisa bela. Observar a gramática. Com concordância singela. Se não fizer juramento. De ter comprometimento. Com a camisa amarela. Foi assim desde o primeiro. Com o adversário sueco. No ano cinqüenta e oito. Nosso primeiro caneco. Que o mundo inteiro assistiu. Gritando viva o Brasil. De longe se ouvia o eco. Chegamos em sessenta e dois. Com uma seleção de ouro. No Chile de novo. ganhamos. Um verdadeiro tesouro. Pelé, Garrincha e Zizinho. Bellini e mais um. pouquinho. Já não éramos calouro. Depois veio aquele período. Da malfadada revolução. E com o tempo nublado. Jogou mal a seleção. E assim perdemos de fato. O direito de gritar bem alto. O Brasil é campeão. Mas não demorou muito tempo. Prá retomarmos a história. E no México, em setenta. Veio a terceira vitória. Prá frente o Brasil andou. E o povo comemorou. O tricampeonato, a glória. Por ironia do destino. Foi a melhor apresentação. Época do milagre econômico. Tempo de revolução. A coisa estava fervendo. Muita gente desaparecendo. E noventa milhões em ação. Novo período de fracassos. A seleção não brilhou. Durante anos e anos. A Copa do Mundo falhou. E chegamos na era Parreira. Quando de novo a primeira. A seleção se mostrou. Foi no ano noventa e quatro. Lá nos. Estados Unidos. Que a seleção foi testada. Mas não fomos convencidos. Do sucesso que seria. Com aquela parceria. Dos jogadores envolvidos. A seleção tinha falhas. Que o Parreira apontava. E partiu prá defensiva. Pois só assim acreditava. Que o Brasil chegaria ao final. Se corrigisse esse mal. A defesa que vazava. E assim, com Dunga e Romário. Mauro Silva e o técnico Parreira. Chegamos ao quarto título. Voltamos a ser a primeira. A seleção de todos os tempos. A seleção sem contratempos. A seleção Brasileira. E veio noventa e oito. Triste página mal virada. Chegamos bem perto do título. Mas veio a trapalhada. Que ninguém ainda explicou. Porque foi que ela parou. E na França ela foi vaiada. Mas Deus ainda é brasileiro. A justiça se fez presente. E agora em dois mil e dois. A França ficou ausente. Foi embora sem ter mostrado. O jogo que seria jogado. Prá poder ganhar da gente. E assim o mundo de novo. Volta ao antigo reinado. Da seleção canarinho. Do jogo que é bem jogado. O jogo que é pura magia. O jogo que é fantasia. O jogo do Ronaldo. Por fim conquistamos o penta. O título que nos faltava. A taça do mundo é nossa. E ninguém acreditava. Na seleção brasileira. Na seleção altaneira. Da seleção duvidava. Cabe agora agradecer. A todos que nos encantaram . Em nome dos erres e do inho. Que tanta bola jogaram. Ronaldos, Roberto e Juninho. Rivaldo, Cafu e Ricardinho. Denilson e os que faltara. Abraços e Parabéns. Especiais ao Felipão. Que soube como ninguém. Comandar a seleção. Com simplicidade e respeito. Adquiriu o direito. De ser também campeão. Por isso nem só de livros. E de homens se faz a Nação. É preciso um pouco de arte. E muito amor no coração. Isso mostra que o brasileiro. É valente e é guerreiro. Se houver motivação.