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Artigos-->Educação: Prioridade? -- 03/11/2006 - 15:08 (Odiombar Rodrigues) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Durante as campanhas políticas, muito se ouve sobre Educação, planos e intenções, mas pouco sobre o que mais interessa. O que os políticos entendem quando falam em “valorizar a educação?” Com certeza não se referem ao que os professores esperam como valorização. Em geral, são palavras vazias, desacompanhadas de planos de ação que efetivamente mudem a situação caótica em que se encontra o sistema de ensino.

A discussão sobre ensino público e privado é longa e desprovida de interesse, pois basta dar ao sistema público de ensino as condições do ensino privado que, com certeza, teremos um ensino de excelente qualidade, pois nas nossas escolas públicas há um corpo docente que corresponde.

Valorizar a educação passa por salário digno. Não é sobre salário que falo, pois isto é ponto pacífico, falo sobre outras condições indispensáveis que governo algum tem coragem de enfrentar.

Em primeiro lugar, a valorização do professor de sala de aula. Para cada mestre que está dentro da sala de aula há um “batalhão de autoridades” na escola que exercem ingerência, muitas vezes, desqualificada sobre o seu trabalho e suas propostas pedagógicas. O professor deve ser visto como um profissional, competente e responsável, pois, se assim não for, lá não poderá estar!

Um processo de avaliação justo, eficiente, fruto de um trabalho coletivo dos professores e, acima de tudo, respeitado pelos órgãos colegiados da escola. A avaliação feita pelo professor da turma, que conviveu durante todo o ano letivo com o aluno, deve prevalecer sobre discussões de última hora, oriundas de pessoas e órgãos que não participaram da prática docente.

Segurança nas escolas. O espaço escolar deve ser um ambiente de tranqüilidade, de respeito mútuo e livre de pressões exercidas por grupos de marginais que aterrorizam a escola e seus arredores. O professor deve ter acesso à sala de aula, livre do pânico que se instalou no ambiente escolar, só assim poderá construir um ambiente de aprendizagem eficiente.

Formação continuada para o professor de sala de aula. Não me refiro às “reciclagens” e cursinhos feitos por “multiplicadores” que se transformam em longas horas de discussões inócuas. Formação continuada significa projetos desenvolvidos por Instituições de Ensino Superior reconhecidas. A formação continuada se dá pela integração entre graduação e pós-graduação, no nível teórico e prático.

Participação da família. A escola deve ser uma extensão da educação adquirida em casa e, em alguns casos, uma correção de atitudes que se reciclam num convívio social de respeito às diferenças e às necessidades de cada criança. A família não pode ser, apenas, um componente que aparece na escola no final do ano letivo para reivindicar aprovação. A família deve ser parte constante o ano todo, participando das atividades e intervindo positivamente no ambiente escolar.

Prevalência da prática sobre a teoria. É indispensável romper com os limites físicos da sala de aula. O aluno tem que encontrar na escola um ambiente que seja integrado com o mundo em que vive. As nossas escolas carecem de projetos que aliem as teorias transmitidas pelos professores às exigências práticas da comunidade.

Por fim, é indispensável que o professor recupere a posição de valor dentro da comunidade. Professores não podem ser vistos pela mídia como um profissional desqualificado, beirando o ridículo como muitas vezes é representado pelos comerciais, principalmente de televisão.

“Valorizar a educação” passa por melhores salários, mas, também, por um conjunto de ações que transforme o professor e a escola em agentes de desenvolvimento comunitário, reconhecidos e valorizados pela sociedade.

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