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Artigos-->DIA 29 DE OUTUBRO-SINGULARMENTE EMBLEMÁTICO -- 30/10/2006 - 09:17 (José Virgolino de Alencar) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
(Artigo publicado no dia 29/10, na minha Coluna do Site: www.ancomarcio.com)



O grande significado do dia de hoje, 29 de outubro, não é o espetáculo democrático das eleições, em que o povo escolherá novos responsáveis pelo destino da nação. Aliás, nem espetáculo democrático pode ser considerado o dia de hoje. Este domingo de outubro de 2006 é mais um dia emblemático para o país, dada a singularidade com que se caracterizam estas eleições.



O significado emblemático e a característica singular não são circunstâncias positivas, ao contrário, representam um cenário negativo, inédito, de entendimento difícil, porquanto não compreensível do ponto de vista da análise política, sociológica, científica ou de qualquer ângulo que se queira observar as perspectivas.



As más gestões, a corrupção, o uso da máquina pública para fins particulares, para enriquecimentos ilícitos, a predominância do caixa dois nas eleições, tudo isso vem de muito tempo, já não mais se ignora, embora não se aceite passivamente. Esses maus costumes têm origem na própria proclamação da república brasileira e permearam todos os governos de lá até cá, de todos os naipes ideológicos.



Com o surgimento do Partido dos Trabalhadores-PT, forjado na luta contra o regime militar e que adquiriu força com a derrocada da ditadura e a reimplantação das eleições diretas, parecia fluorescer uma luz acesa pela estrela que simbolizava o combate à improbidade, a defesa da ética e a renovação dos costumes, com novos procedimentos morais e moralizadores da política nacional.



Abraçado pela elite intelectual brasileira e com larga base numérica no proletariado, o PT destacou-se pela vigilância, pela fiscalização, pela cobrança de correção dos gestores públicos, pela pressão que exerceu para a apuração de escândalos, muitos dos casos chegando a resultados que prometiam tempos mais arejados para a política nacional.



No seu ventre, foi gerada uma liderança diferente, atípica, representada num cidadão torneiro mecânico, pau-de-arara nordestino, pobre, iletrado, mas parecendo dotado de qualidades de auto-didata, esperto, vivaz, envolvente, que realmente conquistou a simpatia de um amplo segmento da sociedade brasileira. Insistente, teimoso, enfrentou e curtiu três derrotas, não desistiu, e na quarta disputa se elege Presidente da República, derrotando um adversário respeitável, representante da poderosa elite paulista.



No governo, entretanto, e na condição de estadista revelou-se bem diferente do líder popular, mergulhando no paradoxo de oferecer favores assistencialistas à massa da população desfavorecida e desesclarecida e ao mesmo tempo praticando uma política econômica ortodoxa, do agrado das forças de mercado, principalmente o mercado financeiro, Se isso já representa uma contradição com as teses heterodoxas do PT, pior ainda foi cair na vala comum da corrupção tradicional, do troca-troca, do toma-lá-dá-cá, do é dando que se recebe e do loteamento do aparelho estatal para financiar um projeto de poder de longo prazo.



Achando pouco, usando e abusando da impunidade, o governo do PT misturou-se até com o crime organizado, montando dossiês criminosos para destruir adversários, financiando a chantagem com dinheiro de origem escusa, do submundo da criminalidade.



A estratégia de esmolar a massa necessitada e totalmente desinformada e, por outro lado, anabolizar o bolso de banqueiros e tubarões do mercado deu certo, está funcionando como planejado, blindando o chefão do esquema que se tornou um candidato imbatível, embora pessoalmente com nada contribua de proveitoso para um verdadeiro projeto de nação. Toda essa tragédia desemboca no dia de hoje, com resultado previsível, porém com o futuro cheio de sombras no ar, de nuvens cinzentas e ameaçadoras.



Quem sobrar desse tsunami que conte a história. A História costuma ser implacável com os impostores.



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