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Artigos-->Barracas de praia e privatizações -- 28/10/2006 - 16:45 (Paulo Maciel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Barracas de praia e privatizações





Até mesmo grande jornalista baiano, na defesa de suas teses estatizantes, atropela a objetividade e o respeito aos fatos que exigia de seus repórteres para apelar às generalizações infundadas.

Dizer que “as privatizações foram fonte de escândalo e desemprego, financiadas com recursos do erário e de bancos públicos” revela ignorância e má vontade.

Aliás, no caso do desemprego, até que ocorreu um benefício secundário: a privatização impediu que o governo loteasse os cargos de direção e chefia de muitas estatais entre incompetentes sindicalistas do PT, tal como foi feito nas que restaram, a exemplo do Banco do Brasil, Caixa Econômica, Correios e Petrobrás, com os resultados que bem conhecemos.

As privatizações do sistema de telecomunicações, da EMBRAER, da Vale do Rio Doce, da Cia. Siderúrgica Nacional, do BANESPA e de tantos bancos estaduais – muitos que faliram mais de uma vez, como o nosso BANEB – para não citar outros casos, trouxe incomparáveis benefícios à sociedade e permitiu que essas empresas verdadeiramente se inserissem numa economia de mercado. Curiosamente, depois de privatizadas elas se tornaram efetivamente públicas, na medida em que passaram a pertencer a milhares de acionistas.

O atual governo destaca que existem quase cem milhões de celulares em poder da população, mas não revela que isso só aconteceu porque as telefônicas saíram das mãos do Estado e passaram à iniciativa privada. A EMBRAER tornou-se uma das maiores fabricantes de aviões do mundo, mais do que dobrou o número de empregados e desenvolve a melhor tecnologia aeronáutica. A Vale do Rio Doce, que acaba de adquirir uma firma canadense por mais de trinta bilhões de reais passa a ser a segunda maior mineradora do globo, enquanto a Cia. Siderúrgica Nacional, no passado impedida de investir por conta de permanentes dificuldades financeiras, assume posição de liderança em seu setor.

As privatizações foram realizadas em leilões promovidos nas bolsas de valores do país, geraram mais de cem bilhões de receitas ao Estado e permitiram uma redução da dívida pública naquele momento.

Acredito que não se pretende privatizar a PETROBRAS, mas ela se tornou competitiva quando o monopólio lhe foi retirado.

Enquanto o estado administrar as rodovias e ferrovias continuaremos a ver a roubalheira, o desvio de verbas, o sucateamento de equipamentos e abandono das estradas. Quando você roda em São Paulo por suas excelentes rodovias, se dá conta de que o governo não sabe gerenciar o bem público, que melhor faria em transferir para o setor privado tudo que esse pudesse fazer melhor, de modo mais econômico e com vantagens para os usuários.

A única estrada de boa qualidade da Bahia é a que alcança a Praia do Forte, depois de privatizada.

Pelo título do artigo fiquei de falar de barracas de praia e devo dedicar a elas algumas linhas.

Um novo argumento contra as barracas é que elas significam o loteamento da praia, sua privatização. Como se isso fosse uma novidade.

Pelo que sei existem mais de quinhentas barracas nas praias de Salvador e essa é uma situação muito antiga. Do jeito que o IBAMA, Ministério Público, organizações sociais e opositores da mídia falam, até parece que o problema é de agora.

As barracas de praia podem ter sido uma excrescência, mas elas se tornaram das coisas mais populares da Bahia. Se no passado faltavam condições de higiene, eram construções improvisadas, muitas degradadas, a situação tem mudado muito. Agora já há barracas com excelentes instalações, serviço de qualidade, comidas e bebidas honestas, bom atendimento. As barracas formam um núcleo social poderoso e significam um modo de vida do baiano. Foram as barracas de praia que determinaram o fim dos clubes sociais da Bahia, dos grandes aos pequenos, que separavam as pessoas entre as que podiam freqüentá-los e as que a eles não tinham acesso.

Não há nada mais democrático na nossa terra do que as barracas de praia e acho que é grande superfetação pretender agora impedir sua modernização.

Já que estamos num “governo de participação popular” – o que quer que isso signifique – seria bom fazer uma pesquisa para saber o que o povo pensa a respeito.

Que se danem o IBAMA, Ministério Público e os radicais do meio ambiente!

28/10/06

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