Deus criou este mundo sim
Criou o homem para criar
Vida inteligente na Terra
Ele, humano, revelou-se um destino
Carente de Ética
Sem, 100 sentidos, sentidos, pertinentes
Impertinentes da fera
Como um anjo caído no nada
Mendigo de cem medos covardes
Geridos pelo crime organizado
Uma mercadoria que não transcende
A forma de viver outro dia
Na ideologia da cidade de carne
Moderna, com cérebro de barata
A Criação em sombras dissimula-se
Nas formas antiquadas do passado
Processa o ódio coletivo
Como se fosse uma oração diária, armada
No emprego, no almoço, no carro congestionado
O homem coisa em sua caverna de cimento
Esconde em seu covil de aço modelado
A mente raquítica, o ego rançoso
Sombra e trevas, tráfico e mercado
Esse homem, desprezo de si mesmo
Alimenta esse ego radical, essa mente inferior
Um oceano de possibilidades num vaso de cristal
Ébrio em seu “delirium tremens”
O intelecto inculto, a consciência sem essência
Fogos fátuos, inquietude desespiritual
Como surgir desse inferno atômico
Dessa inconsciência coletiva, covarde
A serpente ígnea da espinha dorsal do ser
Essa coisa ativa, superior, imersa
No centro magnético
de mágicos poderes da Terra
O despertar ascendente do Tao. Ação
Coração e mente num criativo
Ilimitado e livre
Processo de Criação.
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