Bebo Bebo por toda a inutilidade da vida. Bebo por não ter feito tudo o que eu queria. Bebo por não haver mais tempo para fazer o que eu quero. Bebo por todos os palhaços que, Como eu, vivem representando uma eterna comédia No palco exíguo das nossas limitações. Bebo para esquecer e ser esquecido. Bebo porque o amor morreu. Recife, 15 de novembro de 1967.
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