Chegou saudade prá você.
Disse o homem da lua...
Vai lá ver vai!
Chegou o meu amante...
O figurante.
Meu umbigo e minhas vontades:
e que dane-se às suas prioridades...
De repente me deu vontade:
de fumar em quanto comia...
É que o cigarro caro,
queimava no cinzeiro...
Enquanto a comida esfriava...
Eu corria pró banheiro...
E aquele refrigerante,
o de marca bem sucedida...
Evaporava o gás:
O prato em cima da mesa...
Um copo de café,
bem na ponta do meu pé...
Tudo teria que ser consumido,
antes que alguém dissesse Barnabé.
O herói esta amarrado no tronco da arvore seca...
Chamei por SOCORRO!!!!
E ele não veio me proteger.
Tudo isso esta no passado...
Agora, venho tecendo outra forma de viver...
Que tal eu incomodar você?
Revirar e mudar o teu destino.
Cutucar tuas feridas...
Me meter na tua vida...
Acho que eu não sei falar, ( incomodar ).
Como isso me incomoda!
Todos os dias eu digo para mim mesma:
Hei cadê você?
Você quem?
Eu perguntei...
Você!
Quem eu?
Sim, você mesma...
Ah, eu não sei!
Acho que dei uma folga para mim...
Ah! Então é assim?
Tiras folgas de mim?
Sim senhora...
Estou cheia de você.
Quanto a mim:
Vou ver o que posso fazer,
para me defender de você.
Ah! Então é briga que queres?
Vamos lá para fora,
vou te mostrar que é mais forte.
Ok! Vamos então!
Olha bem em?
Preste atenção!
Hoje eu não estou de brincadeira...
Acho que vais levar a pior.
Não importa:
Eu também sei me proteger.
Esta é uma conversa entre mim e eu!
Ninguém se meta!
Senão vai sobrar prá vocês...
Vou ensinar para esta petulante...
Onde fica o horizonte, dela...
Hm!
Por acaso teu horizonte não seria às manhãs na janela?
Pois verás:
e toma tenência, senão vais sair por ela.
Há uma multidão do outro lado da rua:
assistindo o duelo das duas...
Ainda não rolou sangue nem suor...
Só ofensas pessoais:
Uma atingindo o égo da outra.
Esta irá ficar feroz...
A briga esta ferrenha...
E o povo do outro lado não para de colocar lenha.
Vocês querem saber de uma coisa?
Gritei para os que estavam do outro lado...
Não vou ficar aqui deparando-me:
Envergonhado eu...
Vou embora!
Chega de espetáculos gratuitos...
Se vocês querem ver um sem pagar...
Vão ter que me assistir,
lá no palco do teatro.
Tchau e até logo...
Fui.
