Abril é o mês de muitos acontecimentos históricos e humanos de suma importância. Emoção tanta não falta.
Affonso Heliodoro dos Santos, o querido Coronel Affonso, nasceu na velha e pequenina Diamantina, das Minas Gerais, de Juscelino Kubitscheck, aquele que seria seu mais fiel companheiro de sempre, na alegria e na tristeza, nos momentos de glória ou de muita dor.
A cidade de então, com poucas ruas, toscas casas, apesar de tudo, vibrava. Era Domingo de Ramos, um domingo de festas. A cidade estava encantada e adornada, os fiéis desfilavam e caminhavam alegremente em busca da igreja e do aconchego divino, naquele dia em que todos se reuniam no Largo da Sé.
Enquanto isso, na Rua da Glória, numa casa, recuada na rua, com a frente bordada de estonteante gramado verde, em 16 de abril de 1916, despertava para o mundo o infante Affonso, que herdara o nome nobre do falecido irmão. O pequeno lar ficava na Rua da Glória e até hoje guarda lembranças, porque teve a sorte de permanecer de pé, certamente como homenagem ao seu mais célebre morador.
A velha Diamantina, rica em ouro e diamantes, na época dos bandeirantes, não lhe sai da memória. É teimosa. As noites escuras eram iluminadas pelas estrelas mais brilhantes do universo e pousavam sua luz naquele pequeno rincão das Gerais, a fazer inveja ao solo de pedras tão preciosas, que ofuscavam, com sua luminosidade, os astros celestes. Que maior contraste era preciso para o filho de dona Dolores? A riqueza dominava, então, aquelas plagas, somente comparáveis a Paris e a Lisboa. Esta se alimentava e se vestia do ouro e dos diamantes das minas de Diamantina. E do escárnio de seus habitantes! |