CASTIGO II
Filemon F. Martins
Não se trata de pesadelo. Pode ser real. Se confirmarem as pesquisas do 2º turno, a sociedade brasileira terá dado a Luiz Inácio Lula da Silva, mais quatro anos de mandato, embora no 1º turno todos os institutos de pesquisas tenham errado no que diz respeito à eleição presidencial.
O governo de Lula foi recheado pelos maiores escândalos da história política brasileira, como mensalão, sanguessuga e muita corrupção nos corredores do poder. Pior: tudo aconteceu ao redor dele e entre amigos, mas o comandante do navio nunca soube de nada. Diante de tudo o que se viu, o que se não fez e o que se fez nos primeiros quatro anos, é possível prever como será desastroso o segundo mandato do PT para os brasileiros, se a catástrofe, de fato, acontecer.
Em que pese a ingenuidade do eleitor, numa interpretação bem simplista, parece que o povo gosta mesmo é de quem rouba e rouba muito. A eleição em São Paulo e em outros Estados brasileiros, de políticos que desviaram dinheiro dos cofres públicos, ao longo de seus mandatos, leva-nos a esta trágica e desanimadora conclusão.
Ora, se direitos de servidores públicos, aposentados e pensionistas foram solapados com a aprovação da Reforma da Previdência, através de votos comprados com o mensalão, amplamente divulgado pela mídia, se ambulâncias foram superfaturadas, gerando propinas milionárias em mais um escândalo conhecido como “sanguessugas”, envolvendo parlamentares e empresários e se, no decorrer das investigações, parlamentares renunciaram para fugir da cassação e agora estão voltando por escolha do povo para mais quatro anos de mandato, já estamos a imaginar, nos bastidores, o deboche que fará a equipe petista com o povo brasileiro.
Não obstante os escândalos, promessas não cumpridas, precariedade na saúde, estradas intransitáveis, educação sofrível, trabalho escasso, salários em baixa, juros nas alturas, medicamentos e custo de vida em alta, tudo ao contrário do que prometera o PT, outrora paladino da ética, é possível perceber porque tantos eleitores ainda acreditam na demagogia do político petista: os oito anos de FHC que, como Sociólogo, poderia ter feito mais pelo social, mas não o fez, foram um fracasso para o povo brasileiro.
É sabido, também, que grande parte dos eleitores de Lula provém de regiões carentes, sem recursos, semi-analfabeta, incapaz de usar, como deveria, a massa cinzenta que vai de uma orelha à outra, iludida pelos eventuais benefícios de esmolas e falsos programas sociais, comprometendo o futuro de seus filhos, transformando-os em escravos da miséria e do comodismo. A outra parcela é bem conhecida, interesseira, agarrada às benesses do poder e do dinheiro fácil.
Mas se sua excelência, o povo, quiser, assim será. E que Deus nos ajude a carregar a cruz de cada dia, cada mês, cada ano até que a máscara caia para aqueles que, ingenuamente, acreditam no “camaleão”. Tomara, então, que não seja tarde demais!
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