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Cartas-->Carta aberta à Mônica Martins -- 29/06/2002 - 17:46 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Carta aberta à Professorinha Mônica Martins
A respeito de seus textos publicados em Artigos, principalmente aquele intitulado “Um fruto muito especial, mas esquecido: a infância”. Que recomendo aos companheiros. Que já completaram e passaram pelos oitos anos de idade, a que se referiu Casemiro de Abreu. Eis o teor da carta:

Nestas esquinas eletrônicas e de caráter quase que sempre virtuais, deparei-me com a realidade de uma jornalista que acredita, como eu, em sonhos. Em sonhos que realizam. Em sonhos que são concretos. “Que saudades da minha professorinha” , parafraseando o saudoso compositor Ataulpho Alves. (com ph, para sinalizar o tempo) Só que, ao contrário da poesia, eu era feliz e sabia disso. Tinha plena certeza. Quando todas as sextas-feiras a minha inesquecível professorinha Elisa Augusta Rodrigues, reservava alguns bons minutos para ler, capítulo por capítulo, as peripécias que se desenrolavam no sítio do sítio do pica-pau amarelo. A leitura se dava numa escola pública, simples e humilde, no subúrbio do Rio de Janeiro. Escola que era composta por uma elite de professores que acreditavam no que faziam, e faziam com extrema competência: preparavam o cidadão para a vida. E, de que quebra, ainda ensinava os conhecimentos básicos da grade educacional, sem prejuízo de seus sonhos. O Sítio e a Escola para nós se confundiam. Sempre existiram, de uma forma ou de outra, em algum lugar de nossa mente. Todos os personagens, no “dia de contar história”, em plena sala de aula, tinham cadeira cativa. E sua importância. Criando referenciais de conduta. De atitudes perante a vida. Enfim. Devo muito do que sou hoje, como pessoa, àquelas leituras e comentários de todas as sextas Aquele mergulho no mundo “real”. No mundo dos sonhos. No verdadeiro mundo. Sei que hoje, todas as pessoas podem ser melhores do que eu. E muito melhores. Mas eu, pelo menos, me considero bom. E devo isso, em grande parte, ao tempo que passei no Sitio do Pica-Pau amarelo. Emília, como te admirei e admiro. Dona Benta, quanto doçura, quanta experiência de vida. Moleque Saci, quanta saudade. Como aprendi coisas com vocÊ. Quanta curiosidade, quanto mistério e quanta beleza havia naquele lugar. A jornalista e professora Mônica, por certo, sabe da importância de projetos como este que ora desenvolve. Mas, não sei se ela pode ainda ouvir um testemunho vivo de quem, há tempos, participou de um processo semelhante. Para poder dizer que iniciativas como esta valem à pena. É o melhor investimento que se pode fazer com relação às nossas crianças. E, por conseguinte em relação ao nosso país. E depois de adulto, ainda tive o prazer de conhecer o outro lado de Monteiro Lobato. O lado político. No bom sentido. De amor à esta Pátria. De brasileiro que sabia, como ninguém, brigar por seus (e por nossos) direitos. Penso, até mesmo, que ele não pensou e escreveu o Sítio do Pica-Pau Amarelo. Tenho quase certeza de que ele era o próprio sítio, seu dono e personagem maior. De um grande sonho que se tornou realidade. Parabéns Mônica. Domingos.
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