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Artigos-->O HOMEM... O POETA... O MÍSTICO -- 15/10/2006 - 16:14 (L. Stella Mello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






Passamos a primeira parte da nossa vida dependentes, aprendendo sobre o nosso próprio corpo e brincando, naturalmente. É a nossa primeira infância.

Olhamos as coisas não com curiosidade, porque não temos noção do que seja isso. Olhamos somente! As coisas, as pessoas, ouvimos todos os sons, todos os ruídos e sentimos a luz ofendendo os nossos olhos, ou mostrando-nos as mesmas coisas com luminosidade.

À medida que os anos vão passando continuamos aprendendo, quer seja na escola ou com a própria vida, mesmo. E nesse aprendizado vão entrando os sentimentos, como medo, tristeza, raiva, ausência (que mais tarde descobrimos ser saudade); sentimos gosto das coisas, sentimos dor... Sentimos! Estamos começando a conhecer os verbos: querer, gostar, pedir, negar, chorar, cair, procurar, esconder, mentir, etc... E desejar!

Quando chegamos aí já estamos fazendo seleção. E, com todos os outros verbos que aprendemos e muitos mais, vamos crescendo e entrando com nossos desejos e os sonhos. Os desejos são coisas palpáveis, isto é, possíveis. Pelo menos nós pensamos assim.. Mas, os sonhos... Estes, estão em uma escala acima... Podem ser mais sofisticados ou mais simples, mas são distantes, parecendo intocáveis, inatingíveis... Mas, mesmo assim, marchamos em sua conquista...Nessa altura entra o gostar em outro grau: o amor! Um sentimento que nos enche a alma e o coração... Junto com ele, conhecemos a aspiração. Será que é aspiração, ou será ambição?! Difícil explicar, só sabemos que é um pensamento que firma na nossa mente e atrás dele vamos, às vezes temerosos, outras arrojados, destemidos. Afinal, estamos quase adultos e precisamos começar a nossa vida. Temos de ter uma profissão; temos de adquirir uma colocação; temos de aparecer; temos de ser perfeitos, seguros, melhores, porque só assim conseguiremos ganhar mais, ser mais... Ô verbo esse: TER!

Nesse caminhar encontramos então, o Ter, verbo que significa Posse. Iniciamos buscando essa situação: quando ingênuos, atrás dos nossos sonhos... À medida que vamos amadurecendo vira posse material, que vira ambição, que vira inveja, que vira descaracterização do que lhe deu origem... Assim sucessivamente... Um sem fim!...

“Querer é Poder” já diziam nossos mestres, nossos pais, incentivando-nos. Temos certeza: NÓS QUEREMOS... Então NÓS PODEMOS!



Vamos partir do princípio de que somos pessoas normais, de boa índole, com esmerada educação, e estamos procurando o lugar que a sociedade espera de nós. Sem essa aquiescência não teremos respeito... Não teremos emprego, não teremos mostrado nossas aptidões e o pior, não teremos poder nem dinheiro, nem status, nem amigos... Não seremos felizes. Estaremos na classe dos medíocres, dos falidos, dos menores, inferiores, inferiorizados...

Crescemos ouvindo dizer que na vida nada é fácil, temos de lutar para conseguir nosso lugar ao sol!....................................................................................................................



O sol!... Ah, o sol, o mar... As montanhas... As matas... O céu!...

E aí começamos a versejar... É quando aparece o poeta!... Existe coisa melhor, mais bela do que falar sobre todas as coisas da natureza dessa maneira, meio cantada, meio rezada...? Falando sobre as coisas que geralmente não vemos, como os diversos aromas da vida... Os diversos coloridos...?

Falar como se anjos entoassem cânticos... Como se harpas fossem dedilhadas apenas com

um ligeiro sopro nosso de poesia...? Cascatas esparramando suas águas, num ritmo suave, majestoso, em uníssono com a natureza inteira, misturando-se aos cantos dos pássaros, ao farfalhar das folhagens batidas pela brisa suave que traz a voz dos céus?!... Versejar é cantar com a alma... É orar ante a majestade da natureza inteira!



Mas voltamos desse devaneio, ao ouvir o grito surdo da fome, ao vislumbrar uma criança faminta, um ser doente, abandonado pela sorte nas calçadas da vida... O horror estampado no rosto do indefeso ante os estampidos de tiro que ecoam dentro da noite... As sirenes da polícia em sua ronda em busca de marginais, e recolhendo mendigos das sarjetas maltratados como se fossem marginais...

Um grito saído do fundo de nossos pensamentos ecoa dentro de nosso peito, ante a lembrança dos quadros horríveis da guerra, da degradação gerada pela ambição, pelo desrespeito. Os retratos da fome, da doença, da miséria material e moral... A corrupção, sombra negra que acompanha o ser humano...

E, na calada da noite muitos buscam seus sonhos... Onde estão? E por que existiram? Inventores, professores, cientistas, médicos, operários... Todos os trabalhadores que lutam pelo seu pão, pela sua dignidade, pelo que aprenderam e fazem com prazer... Os artistas, os poetas, os músicos... Os pacificadores... Os místicos!...

Todos querem deixar algo pela humanidade, quando ao menos pela sua família... Ou pelo seu prazer de fazer, mesmo sabendo que nada receberão.... Mesmo assim valia a pena. Ficariam as descobertas, seu trabalho, seus pensamentos, seus versos, seus quadros, seus livros... Um nome honrado como digno cidadão, cristão... Bom pai ou mãe de família, exemplo para a raça humana.

Mas um dia acordamos verdadeiramente para a vida!

Não basta falar palavras de amor... é preciso sentir o Amor! Praticar esse Amor!

Não basta buscar a Luz apenas, é preciso sentir a Luz no coração!

Queremos iluminar o mundo, as consciências, queremos a Paz... Primeiro temos de iluminar a nós mesmos, vibrar a nossa consciência...Sentir, viver a paz interior!



Ficamos preocupados com nossos trabalhos pensando em POSTERIDADE... Quando deveríamos pensar em E T E R N I D A D E !

Porque “ESSE TRABALHO É QUE FARÁ A NOSSA DIFERENÇA!!!”

Essa é que será a nossa identidade!



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