Logo depois da decepção causada pela seleção canarinha do Brasil na última Copa do Mundo, como era óbvio, o Parreira não tinha mais clima para permanecer à frente do nosso plantel. Acredito que a nossa derrota foi decorrência da falta de humildade. Tanto os dirigentes como os jogadores, enfeitados pela imprensa como sendo as estrelas mundiais, independentes, com enormes salários, não se deram conta de que futebol é feito de competição e que sempre ganha quem joga melhor, busca resultado em todos os jogos, suando a camisa etc. Isso não ocorreu sob a direção do Parreira. Já fomos para a Europa com a convicção de que traríamos o hexa-campeonato e que seria colocada mais uma estrela na camisa da nossa seleção. Porém a realidade dos fatos foi diferente. Até a combativa seleção da Argentina, que diga-se de passagem foi a Copa sem fazer barulho e jogou para valer o tempo todo, voltou para casa muito mais cedo do que se esperava. Poucos jogos aconteceram e nosso plantel não teve outra alternativa a não ser voltar para casa. Isso serviu de lição. Nunca se ganha um campeonato sem antes mostrar futebol. Agora, convidado o Capitão Dunga para dirigir a seleção, as coisas mudaram. Ele não quer saber de medalhões, quer sim craques que joguem com a alma e o coração, como ele sempre fez quando atuou na seleção. Já proclamou que não existem titulares absolutos. Está renovando, levando novos valores e lutando para colocar a máquina canarinha nos eixos. Acho que no futebol a coisa vai muito bem. Agora, precisamos colocar a casa em ordem é no Governo. Ganhando o Lula ou o Alkmin, é chegada a hora de se mudar o time. Que o presidente eleito em 29 de outubro copie o Capitão Dunga e mostre ao Brasil que também em nível governamental é possível fazer mudanças, convocando novos valores e tratando a coisa pública com a necessária responsabilidade. Que Deus nos ajude.
