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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->Provisório "Of Flags And Hearts" -- 09/11/2002 - 12:18 (Renato R. Vieira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Essa é uma estória apaixonante e de tirar o fôlego. Sean, um Irlandês de Dublin, Dissidente do Exército Republicano Irlandês, que fugira para o Brasil e casara-se com uma linda Brasileira, resolvera morar com a esposa no Canadá, onde pensava ele, estariam mais a salvo de seus ex-colegas de causa que o juraram de morte por decorrência do abandono de suas funções no movimento "Por motivos que serão desvelados no desenlace da trama" e onde tiveram uma linda menina, Stephanie, que lhe dera ainda mas forças para mudar totalmente sua vida e apagar de uma vez o passado que o atormentava. Mas infelizmente
sua fama como mestre em bombas, "O melhor de todos", não era apenas local de sua cidade natal, mas sim, notória e conhecida pelos mais importantes movimentos revolucionários radicais ao redor do Globo, inclusive o MLQ "Mouvement pour la Libertation Du Québec", tornado-o absolutamente vulnerável a seus caçadores implacáveis, assim como a outros radicais de causas alheias que cobiçavam sua genialidade na máquina do terror. A trama na verdade, começa com uma tragédia, que marcará para sempre a vida de três mulheres. Emilie, Françoise e Stephanie, filha de Sean e personagem Principal do enredo. Só depois de muitos anos sofrimento e angústia, respostas começaram a aparecer, mas com elas um feixe muito maior de agruras e manipulação, não só da mente, mas como da alma das nossas personagens. Irá Stephanie encontrar respostas ao dilema sombrio que sufocara sua existência desde a mais tenra idade,libertando assim, não só a si mesma, mas também a sua mãe e sua amiga de seus demônios pessoais? Ou Será ela também dragada pela insanidade que o terror social estabelecido se nos impõe nos dias de hoje? A verdade há de se cristalizar.


Of flags and Hearts "Título Provisório"

Montreal, 1982


Uma temperatura amena chega á Montreal com o mês de Maio.
A brisa calma e fria da Primavera que acaricia as Tulipas nos jardins e parques da cidade, não demanda mais que agasalhos leves. Também não impede Sean de levar sua pequenina para tomar sorvete, como ele havera prometido no dia anterior.
Era uma tarde agradável, como agradáveis eram os semblantes, outrora sisudos, nos rostos das pessoas, por efeito de um longo e melancólico Inverno que acabara.
Depois de verdadeiras montanhas de sorvete, Sean e a pequena Stefanie foram ao parque no centro. Lá, crianças brincavam incansáveis, sob os olhares atentos de suas mães, que também incansáveis, fofocavam, sentadas nos bancos ao lado do playground.
Um pouco adiante, um grupo de pessoas sentadas na grama formava um circulo.
Eles ouviam atentos ao que lhes dizia um homem que se posicionava bem no meio. Era um homem negro, alto, barba e cabelos grisalhos, estilo dread-lock, já de uma certa idade
Stefie, como seus pais a chamavam, olhou curiosa aquela aglomeração, e foi logo perguntando a seu pai do que se tratava. Sean disse a ela que achava ser aquilo uma aula de capoeira, uma arte afro-brasileira muito semelhante a algum tipo de dança, mas que se mostrava letal e perigosa como luta, mas que de qualquer forma, era uma arte nobre e muito bela.
A pequenina ficou encantada com o que aquilo lhe pareceu ser, e puxou-o pela mão para que fossem ver de perto. Sean disse a ela que fosse na frente, e ascendendo um cigarro, sentou-se em um banco, prometendo-lhe que iria logo em seguida. Assim a pequena menina o fez. Aproximou-se do circulo de alunos e sentou-se bem ao lado de uma jovem.
Sean, a uma certa distância, a admirava com ternura. Stefie, era a cópia fiel de sua mãe. O sorriso largo, os olhos de mel, os longos cabelos escuros e ondulados. Aquela latinidade quase fragrante de sua pele levemente morena que quase negava o sangue Irlandês do pai e ostentava a brasilidade da mãe. Stefie, seria uma linda mulher, como sua mãe Emilie o era, Orgulhava-se Sean, consigo mesmo.
Ele as amava mais do que tudo no mundo. Mais do que todos os ideais.
A jovem aluna percebera aquela garotinha que se sentara ao seu lado, e saldou-a com um sorriso:
Oi! Bonequinha. Como você se chama?
Stefanie. - Respondeu a pequenina também com um sorriso.
Eu me chamo Françoise, mas pode me chamar de Fran.- disse a moça.
Nesse instante, o homem que falava aos jovens em um francês sofrível mas suficiente, deu um salto mortal para traz, como nos filmes, arqueou o corpo em uma reverência , e estendeu a mão a um rapaz para que esse se levantasse e toma-se posição de luta.
- Esse é o mestre.- Cochichou a jovem á Stefie, que arregalara os olhinhos, maravilhada. –Wow!!!-
- Olha só como ele é fantástico.- Concluiu ainda, Fran.
Uma melodia começou a ser cantarolada acompanhada por palmas ritmadas. Mestre e aluno então lutavam, quase que em uma dança coreografada, mas sem os requintes de violência, peculiares de qualquer embate pessoal. Um a um, os alunos eram chamados, e logo eram derrubados pelo gigante negro, com uma rasteira ou algum golpe que os pusessem no chão sem os machucar.
Por fim, Fran teve a sua chance. Nuvens escuras e carregadas começavam a cobrir o céu rapidamente, tornando a tarde paradoxal e feia.
A jovem pupila, contorcia-se em movimentos fortes e bem treinados para mostrar a seu mestre e ídolo, a sua progressão. Stefanie, assistia apreensiva. Ela havia adquirido certa afeição pela moça. Não queria que ela se se machucasse.
Sean, que mantinha os olhos em sua em sua pequenina, absorto em pensamentos, percebera um menino ás suas costas, um pouco distante. Ele tentava alcançar e beber de uma torneira, sem sucesso, pois tinha aparelhos em suas pernas, o que dificultava aquele simples ato. Apressou-se então em ir ao seu auxílio.
Trovões ressoaram, fazendo estremecer aquele corpinho frágil de seis anos de idade da menina Stefanie. Ela olhou para o céu e então para traz, para onde deixara seu pai, mas seus olhinhos não o acharam.
Françoise terminou seu teste sem que fosse derrubada, o que fez com que ela fosse aplaudida e cumprimentada por todos, menos seu mestre, que sempre exigia o máximo de seus esforços, mais do que de todos os outros, simplesmente por que ela era a melhor aluna que ele já tivera. Mas isso, ele nunca diria a ela. O que a incomodava extremamente, e fazia com que ela se dedicasse ainda mais.
Finda a aula, Abatida pela exaustão, ela foi até Stefanie. Percebeu-a preocupada. Fitava o vazio.
- O que a aflige, docinho? Você não esta perdida, esta?
- Não. É o meu papa. Ele estava ali, agora não o vejo. Acho que ele esta perdido.
Françoise sorriu. – Ora, não se preocupe. Ele é um homem grande, não se perderia assim tão fácil, você não acha? Ele deve ter ido ao banheiro ou algo assim. Vem, segure a minha mão, vamos juntas achar o seu papa e dar-lhe uma bronca, ok? Tudo vai ficar bem! - assegurou a moça - Tudo vai ficar bem!
Ás cinco e meia daquela tarde primaveril, o dia fazia-se noite, pela nébula que devorara o céu e o sol, tão inusitada quanto inexplicavelmente para aquela época do ano. Após Ter ajudado aquele garoto, Sean olhou também para o céu e para as árvores do parque que balançavam com o vento que já era forte. Stefanie o avistou. Correu em seu encontro. Ele a ergueu no ar e a beijou.
- Onde você esteve? Nos estávamos te procurando, seu menino levado! – Advertiu-o a criança em tom de brincadeira. - Ah! Fui só beber um pouco d’agua, foi só um minutinho. Você não vai me por de castigo, vai? Mas, você disse nós?! Quem é nós? Indagou Sean.
Fran, aproximando-se nesse instante... – Olá!
- Ah! Oi, nós! Quero dizer, você é nós, não é?
(A moça riu) – Sim. Acho que sim.
- O nome dela é Françoise, mas pode chama-la de Fran. Ela luta capoeira.
- Wow! Olá Fran "que luta capoeira"! Obrigado por Ter feito companhia a essa senhorita.- Agradeceu Sean-
- Foi um prazer. Ela é muito amável. – Disse a moça –
A chuva começava a cair em gotas escassas. Sean ofereceu à moça uma carona, que em princípio pensou em recusar, mas decidiu aceitar, uma vez que estava a pé e a chuva já se avolumava. Seguiram apressadamente em direção ao carro, cruzando o parque. Um homem, saído de traz das arvores do parque, caminhava atrás deles. Ele já os espreitava há algum tempo. Apenas esperava o momento certo, como um tigre, que astuciosamente encurrala sua presa. Tão macabro quanto aquele dia inusitado, seguia-os. Ele usava óculos escuros e um longo sobretudo negro. Empunhava uma pistola automática, e enquanto caminhava, rosqueava lentamente um dispositivo na ponta de seu brinquedo de morte, acoplando-o. Era um silenciador. Agora, o parque estava vazio com o temporal que se formara. Um relâmpago cortou o céu de fora a fora, em um flash de cegar os olhos. Dois zunidos ecoaram quase inaudíveis na tarde, abafados pêlos trovões que se seguiram. Dois corpos tombaram ao chão.
Daquela tarde inusitada de primavera em Montreal, restaram apenas o descanso, a dor, e o pesadelo.

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Nos dias Atuais...


Capitulo 2


Com a proximidade do plebiscito que decidiria a separação ou não de Quebec do resto do Canadá, que depois de longa espera, mais uma vez traria a possibilidade de mudança para os separatistas Quebecóis, a juventude, que aderira à causa com fervor, organizava-se em suas respectivas províncias para que dessa feita sua causa fosse integralmente compreendida. Nas universidades da capital da província franco-canadense, estudantes esforçavam-se em dispor com clareza aos colegas seus ideais de independência, e a importância da conscientização da população menos esclarecida, que, á anos tendo suas noções e concepções políticas manipuladas pelos detentores do poder de coerção, temia pela falência da maquina estatal de todo o pais, por decorrência do desmembramento da província de influencia francesa. Em Toronto, a militância estrategicamente postada, mostrava-se extremamente efetiva na panfletagem e no diálogo ou o "corpo-a-corpo" com os com-cidadãos de segmentos diversos da sociedade. As Imprensas nacional e internacional que cobriam intensamente as ações dos movimentos estudantis, impressionados com o nível de engajamento político-social que se instaurara, apelidara carinhosamente a juventude canadense e sua cruzada como "A nova consciência".
A euforia, era desta feita, bem maior do que da ultima vez em que se pusera o assunto em cheque, quando também em um plebiscito, tiveram o "Não"como resposta à reivindicação de separação. A confiança na vitória era lugar comum nos corações dos que se empenhavam diuturnamente em sua campanha por justiça. Em fim, asseguravam-se eles, a sociedade teria a condição real do dialogo e da abertura ampla do jogo histórico que por décadas a fio, assolara toda uma cultura. Agora, o grito de liberdade daqueles que no passado, dando o próprio sangue, lutaram e tombaram pela garantia dos direitos de seus descendentes, ecoaria nos quatro cantos da terra. A angustia que calava profundo no seio de uma sociedade que se sentia, desde os primórdios, apenas parcialmente realizados, poderia ser definitivamente extirpada com o veredicto que se aproximava, corrigindo a negligencia e uma injustiça histórica, resgatando e restituindo sua soberania inalienável.



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Capitulo 3


Quão misterioso e efêmero é o momento da inspiração que precede imediatamente à arte. Que sentimento mágico tomara a Emilie, quando da feitura daquela obra magistral? Indagava-se a si mesma Fran, enquanto percorria com os olhos cada detalhe da pintura. Uma manada de cavalos selvagens correndo em uma pradaria verdejante. Os traços fortes do pincel da amiga retrataram com detalhes a virilidade daquele animal em destaque na tela. Enchendo mais uma vez o copo, agora da segunda garrafa de Beaujolais, sua bebida favorita, que já se esvaía pela metade, fitava-lhe os olhos que pareciam emanar um brilho real. A longa crina caia-lhe com leveza sobre o pescoço. O pelo, de um marrom avermelhado, parecia tão sedoso quanto uma pétala de rosa se nos faz sentir ao toque. Mas os olhos continham uma serenidade algo intrigante.
-Thor!!! Maldição! Esse é seu nome. Thor! -Vociferou ela, ao lembrar-se de um puro-sangue que costumava montar quando criança na fazenda de seu pai.
Para ser continuado...

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