Assim quem morre sou eu
Com tanta palavra bonita
Que disse a colega Milene
Mulher que sempre acredita
Na amizade verdadeira
Pra cima subindo a ladeira
Assim é a sua escrita
Tem seu lado sensual
Usa de muita franqueza
Fala do fundo da alma
Põe as cartas na mesa
Rima com facilidade
Fica sempre à vontade
Agrada com tanta beleza
Beleza que a gente sente
Nesse mundo virtual
Escondida em sua rima
Há ouro do bom e real
Não é por outra razão
Que ela segura o bastão
No cordel ela é a tal
Ela é a nossa alteza
A nossa bela rainha
O pássaro em extinção
Ela é nossa ararinha
Coisa rara e preciosa
Ela é muito valiosa
Apesar da picuinha
Picuinha pela crase
Pois ela é professora
Prima pela ortografia
Pela escrita promissora
Não deixa de ter razão
Com a sinalização
Sua marca impressora
Mas ela também tem defeito
Vive a nos afagar
Faz alusões carinhosas
Para a gente acreditar
Que somos a “Palma de Ouro”
Que também damos no couro
Tal pepitas a brilhar
Mas a verdade é parcial
O brilho resplandecente
Não faz parte do tesouro
Da parte que está com a gente
A nossa cota é pequena
Eu diria bem amena
A da Milene é candente
Por isso seu elogio
Ofusca a vista da gente
Não se enxerga quase nada
O seu brilho é refulgente
Não há brilho que resista
Diante daquela artista
Fica tudo incandescente