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Artigos-->DILEMA CRUEL -- 06/10/2006 - 16:33 (Délcio Vieira Salomon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DILEMA CRUEL



Délcio Vieira Salomon



Consta do noticiário que Lula, por sentir-se atingido pelo dossiê, exigiu do PT punição dos “aloprados”, incluído entre eles mais um de seus sustentáculos no governo, o antigo ministro e hoje presidente do PT e coordenador de sua campanha – o ex-sindicalista Berzoini. Deu uma de marido traído: trocou o sofá da sala. O marido assim agiu, certamente porque se sentiu culpado. Afinal, diz a sabedoria popular que mulher não trai, vinga.

Apesar de já ter falado, à época das CPIS do mensalão, dos correios e dos bingos, em “punhalada pelas costas”, na verdade Lula jamais foi traído. O mínimo que se lhe pode atribuir é ser incompetente na escolha de seus auxiliares diretos com a incumbência de indicar os de segundo e terceiro escalões.

Fez lembrar, também, o devedor da parábola de Cristo: “quando ele vai com seu cobrador ao magistrado, procura livrar-se dele no caminho, para que não suceda que o conduza ao juiz”.(Luc. 12, 58). Típico de quem tem contas no cartório, por isso teme. Foi assim com o mensalão, quando justificou o caixa 2, destituiu José Dirceu e exigiu a punição de Delúbio, Silvinho e vários outros por ele nomeados para cargos importantes no governo. Sem esquecer Palocci.

Curiosamente, como na canção de Elis Regina, vai caindo o rei de paus, o de espada, o de copas... até cair o de ouros e todas as principais figuras da corte. Será que um dia chegará sua vez? E a verdade surgirá? Quousque tandem (até quando) cumpre a nós, míseros mortais, aguardar?

Os resultados das eleições mostraram que politicamente somos um país esquizofrênico governado por um “psicopata” como o psiquiatra Antônio Lancetti e o jornalista Arnaldo Jabor classificaram nosso presidente. Haja vista este segundo turno. Somos convocados para cruel plebiscito político: escolher entre a volta ao passado escandaloso de FHC e o presente não menos escandaloso de Lula.

Penda a decisão final dos eleitores para um ou para o outro lado, o que está comprometido é o futuro. Será que teremos saída? Sinceramente só vejo, timidamente, um arremedo de solução: conseguir um meio de comprometer o eleito a: 1) acabar com a reeleição – 2) introduzir o voto nulo no processo eleitoral, de forma a permitir que a vontade da maioria dos eleitores possa exigir novas eleições com outros candidatos – 3) extinguir a impunidade de governantes, parlamentares e juízes – 4) tirar do presidente da República o poder de nomear os juizes do STF, ou seja, que eles passem por um processo de seleção e de eleição – 5) aparelhar a Justiça Eleitoral de tal forma que tenha realmente poder e condições de barrar a eleição de quem usa a caixa 2 ou esteja indiciado em processo judicial, seja de que natureza for – 6) mudar a legislação de punição dos corruptos nos serviços públicos e sonegadores de impostos, possibilitando que o julgamento se proceda com agilidade – 7) acabar com o poder dos governantes de nomearem para o segundo e terceiro escalões funcionários sem concurso.

Será que tal exigência é utópica? Houve um tempo que a quase totalidade do povo brasileiro, diante de outro dilema, não deixou o país por amá-lo. Estaremos enfrentando de novo semelhante dilema? E continuaremos passivos e resignados?

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