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Artigos-->PERPETUAMENTE INCÓLUME -- 06/10/2006 - 09:04 (Délcio Vieira Salomon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PERPETUAMENTE INCÓLUME



Délcio Vieira Salomon







Apesar de este artigo ter sido escrito pouco antes do término do mandato de FHC, julgo importante reproduzi-lo para alertar a quem se interessar em lê-lo sobre um dos fatores que alimentam a corrupção neste país: a impunidade de nossos governantes e parlamentares. Junto com a impunidade o poder de nomear ministros do STF pelo presidente da República.





FHC já armou esquema para ficar eternamente incólume a qualquer acusação contra ele e contra seu governo.





De sua lavra, vem lei por aí e ele passará a gozar do foro privilegiado do STF até o fim da vida. E sabemos como está e como estará composta a Suprema Corte, depois de tantos ministros “amigos do peito, irmãos e camaradas” nomeados e a serem nomeados.





Aliás, a atitude de FHC representa “coerência”: a da mesma lógica perversa que sempre respaldou os governos autoritários e ditatoriais.





Faz recordar o devedor esperto da parábola evangélica, condenado, com ironia, por Cristo: “quando ele vai com seu cobrador ao magistrado, procura livrar-se dele no caminho, para que não suceda que o conduza ao juiz”.(Luc.12,58). Típico de quem tem contas no cartório, por isso teme.





Sabe muito bem que até hoje não se esclareceu um “terço” do acintoso “rosário” de suspeições, todas levantadas pela mídia, como: a felonia praticada para implantar o Real, as privatizações de várias estatais a preço de banana, com o conseqüente sumiço do dinheiro e o enriquecimento de várias pessoas ligadas ao governo, a quebra da isonomia seguida de aumento vergonhoso para algumas categorias do funcionalismo público em detrimento da quase totalidade, estagnada em seus reajustes, durante esses oito anos, a ponto de, na declaração do atual candidato do governo, “a despesa nominal ter passado de R$17 bilhões para R$70 bilhões no governo FHC”, sem conseguir apontar os beneficiados, o destino do dinheiro do BNDES, que na confissão do próprio FHC, em 1994, “tinha mais dinheiro para aplicar que o Banco Mundial”, as contas nas Ilhas Cayman, grampeamentos telefônicos sem conta, quer em órgãos públicos, quer em redes particulares, os socorros absurdos a empresários, a “transferência da riqueza nacional para o setor financeiro”, a capitulação perante o FMI, entregando-lhe de mão beijada a soberania do país, ao mesmo tempo em que elevou a dívida externa de US$61.782 bilhões em 94 para quase 1 trilhão em janeiro de 2003, o rombo astronômico do INSS, sem apuração cabal até hoje, o esvaziamento da CPI do narcotráfico, cujo saldo foi apenas um autocassado (o deputado Hildebrando Paschoal), o veto à CPI da corrupção, o estancamento da CPI dos Bancos, o não cumprimento do Plano de Segurança, por ele mesmo implantado em 21.06.00, para o qual deveria destinar quase R$1 bilhão e somente agora, em época de campanha eleitoral (!) libera cerca de R$500 milhões, o rolo compressor no caso Eduardo Jorge, simplesmente paralisado na Justiça, a corrupção ligada à reeleição, a obscuridade do Projeto Sivam, as falcatruas do Marka e Fonte Cindam até hoje não esclarecidas e sem indiciamento de culpados, o escandaloso aluguel da embaixada na Alemanha por US$ 242.014,00 mensais, o astronômico gasto com certa feira na Alemanha, em que se envolveu Paulo Henrique, filho do presidente, o uso de tropas federais para proteger a propriedade particular da família em Buritis, os procedimentos escusos da ABIN contra o MST e contra Itamar Franco, o abafamento do desastre da plataforma P-36, o caso Ricardo Sérgio e Gregório Marin, o apagão, os gastos sem justificativa real com suas dezenas de viagens ao exterior...





Bem fiquemos por aqui. É cansativo rezar nesse rosário que mais parece uma meada sem ponta. Causa náusea ficar relembrando. Náusea, entretanto que não pode ser extinta com a penada de uma medida que torna o suspeito simplesmente incólume “ad perpetuum”.

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