E a mão, prestes a se tornar
mais u´a mão salvadora,
de repente, empunhou a metralhadora
e ceifou vidas ao invés de salvá-las
Numa ato insano, desencadeado talvez
pela ingestão de substâncias tóxicas,
o menino, em monstro se transformou.
E disparou,
e matou,
e chocou
toda uma nação, ao despejar tantas balas.
Matou sonhos e mais sonhos,
Muitos porvires risonhos,
tantos planos, tantos ideais...
Mas, ele mesmo não se importou,
creio até que nem ligou
para o destino de seus próprios pais...
Jamais!
Que pena!
Bom senso e atitude serena
não se fizeram presentes.
Oh que pena!
Só ele não percebeu que, ao disparar a esmo,
mais que algoz de vítimas inocentes,
tornar-se-ia algoz de si mesmo.
Mateus da Costa Meira
No dia 03.11.99, 4ª feira, esse rapaz de 28 anos, cuja colação de grau em Medicina, pela Santa Casa de São Paulo, se daria no final do mês, entrou no Cine 5 do Shopping Morumbi e, empunhando uma submetralhadora, subiu ao palco e atirou contra a platéia, matando 3 pessoas e ferindo outras 5.
A intenção, ao que tudo indica, era matar todas as pessoas que se encontravam na sala, num total de 67.
Isso só não aconteceu, segundo a polícia, porque ele não sabia manejar a arma automática que tinha nas mãos.
13/11/1999
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