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Artigos-->A GLOBALIZAÇÃO E O MEU VALE -- 02/10/2006 - 18:18 (Elane Tomich) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A GLOBALIZAÇÃO E O MEU VALE



A riqueza internacional, monetária e tecnológica encontra-se tão ilhada e de acesso tão restrito que, em vez de tornar-se um bem conquistado historicamente por toda a humanidade e a ela pertencente, acaba constituindo-se num entrave para o progresso.



Em outras palavras, Martin & Schumann dizem que a economia global apenas coloca seus baluartes econômicos em alguns pontos estratégicos dos países em desenvolvimento.



Enquanto isso a maior parte do mundo vive o problema da exclusão social, uma verdadeira sociedade de mendigos, tantos nas megalópoles, quanto nas bruscas mudanças dos modos de produção na área rural. Isto inclui não apenas avanços tecnológicos, mas uma nova forma de pensar onde exclui-se todo a preocupação com a dignidade humana.



O Brasil, infelizmente encontra-se nesta estatística de exclusão e desigualdades imensas. Retirando “as ilhas” de concentração de riquezas, no país grande parte da população, apenas sobrevive em condições sub humanas.



O estado de bem estar social faliu, na maioria dos países, com as propostas de trânsito monetário, onde o cassino das bolsas de valores e do anonimato do capital, criou um valor ilusório para as moedas. Estas não representam mais seu valor na equivalência em bens de produção e consumo, mas passam a representar o poderio bélico acumulado, ou a idéia deste, que faz o controle de alguns povos sobre outros.



Na Convenção de Estocolmo de 1980, se não me engano na data, mas foi por aí, o mundo gastava na pesquisa da indústria bélica e na produção de armas, 30.000 dólares por cada habitante da terra. Imaginem isto investido na produção de alimentos , educação, etc. Este belicismo está sendo revivido com todas as forças pelo governo Bush, não por questões políticas ou ideológicas, na minha opinião, mas por necessidade de sobrevivência econômica da estrutura organizacional da sociedade americana.



A guerra contra o oriente médio é uma guerra de conveniência. Nenhum valor ético está incluído nela. Nenhum modelo de melhoria de qualidade de vida para a humanidade existe. Diferente da guerra fria onde dois modelos diferentes de organização dos bens sociais de produção, lutavam por seus modelos e suposta superioridade ética de cada um.



Esta guerra atual é amoral e cínica onde lutam ‘"gatos do mesmo saco” Eu não disse em nenhum momento que há uma guerra moral...mas esta de hoje, inicío do século XXI, sequer beira a imoralidade. Não é nada e tudo, pois é apavorante: surge da paranóia de alguns governantes e sua equivocada noção de poder e novos valores que estão surgindo e que ainda a sociedade não se propôs a avaliar direito.



É a guerra pela manutenção do poder calcada nos princípios da ignorância



Enquanto isso, a população mundial cresce: um milhão de pessoas por semana. Pelo menos 60% deste contigente entrará na área dos excluídos.



Tantas divagações para entrar na realidade da nossa região dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, que é o retrato do que foi dito anteriormente. A nossa região, tristemente, encontra-se no pico da estatística da pobreza, constituindo-se numa das cinco mais pobres do mundo.



Com a falência do estado de bem estar social, o descontrole da produção de extração mineral, a falta de planejamento econômico levando ao êxodo rural, ou seja, tudo o que parece velho em termos acadêmicos, aqui continua sendo atual, pois mudaram as palavras mas os Vales do Jequitinhonha e Mucuri continuam como há trinta anos atrás ou pior.



O resultado é o que sabemos; miséria, promiscuidade, doenças do corpo e da mente, aumento no consumo de drogas, prostituição infantil. Será que preciso falar de violência?



Amigos, há uma Serra Leoa dentro este Brasil nosso, tão lindo de cada dia.



Eu moro nela.





Elane Tomich

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