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Artigos-->O Adolesente diante da família-Divaldo Pereira Franco -- 23/09/2006 - 23:59 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O ADOLESCENTE DIANTE DA FAMÍLIA



Incontestavelmente, o lar é o melhor educandário, o mais eficiente,

porque as lições aí ministradas são vivas e impressionáveis, carregadas de

emoção e força. A família, por isso mesmo, é o conjunto de seres que se unem

pela consangüinidade para um empreendimento superior, no qual são investidos

valores inestimáveis que se conjugam em prol dos resultados felizes que

devem ser conseguidos ao largo dos anos, graças ao relacionamento entre pais

e filhos, irmãos e parentes.

Nem sempre, porém, a família é constituída por Espíritos afins,

afetivos, compreensivos e fraternos.

Na maioria das vezes a família é formada para auxiliar os

equivocados a se recuperarem dos erros morais, a repararem danos que forem

causados em outras tentativas nas quais malograram.

Assim, pois, há famílias-bênção e famílias-provação. As

primeiras são aquelas que reúnem os Espíritos que se identificam nos ideais

do lar, na compreensão dos deveres, na busca do crescimento moral,

beneficiando-se pela harmonia freqüente e pela fraternidade habitual. As

outras são caracterizadas pelos conflitos que se apresentam desde cedo, nas

animosidades entre os seus membros, nas disputas alucinadas, nos conflitos

contínuos, nas revoltas sem descanso.

Amantes que se corromperam, e se abandonaram, renascem na

condição de pais e filhos, a fim de alterarem um comportamento afetivo e

sublimarem as aspirações; inimigos que se atiraram em duelos políticos,

religiosos, afetivos, esgrimindo armas e ferindo-se, matando-se, retornam

quase sempre na mesma consangüinidade, a fim de superarem as antipatias

remanescentes; traidores de ontem agora se refugiam ao lado das vítimas para

conseguirem o seu perdão, vestindo a indumentária do parentesco próximo,

porque ninguém foge dos seus atos. Onde vai o ser, defronta-se com a sua

realidade que se pode apresentar alterada, porém, no âmago, é ele próprio.

A família, desse modo, é o laboratório moral para as

experiências da evolução, que caldeia os sentimentos e trabalha as emoções,

proporcionando oportunidade de equilíbrio, desde que o amor seja aceito como

o grande equacionador dos desafios e das dificuldades.

Invariavelmente, por falta de estrutura espiritual e

desconhecimento da Lei das reencarnações, as pessoas que se reencontram na

família, quase sempre, dão vazão aos seus sentimentos e, ao invés de

retificar os negativos, mais os fixam nos painéis do inconsciente, gerando

novas aversões que complicam o quadro do relacionamento fraternal.

Às vezes, a afetividade como a animosidade são detectadas desde

o período da gestação, predispondo os pais à aceitação ou à rejeição do ser

em formação, que lhes ouve as expressões de carinho ou lhes sente as

vibrações inamistosas, que se irão converter em conflitos psicológicos na

infância e na adolescência, gerando distúrbios para toda a existência

porvindoura.

Renasce-se, portanto, no lar, na família de que se tem

necessidade, e nem sempre naquela que se gostaria ou que se merece, a fim de

progredir e limar as imperfeições com o buril da fraternidade que a

convivência propicia e dignifica.

Em razão disso, o adolescente experimenta na família esses

choques emocionais ou se sente atraído pelas vibrações positivas, de acordo

com os vínculos anteriores que mantém com o grupo no qual se encontra

comprometido. Essa aceitação ou repulsão irá afetar de maneira muito

significativa o seu comportamento atual, exigindo, quando negativa, terapia

especializada e grande esforço do paciente, a fim de ajustar-se à sociedade,

que lhe parecerá sempre um reflexo do que viveu no ninho doméstico,

A família equilibrada, isto é, estruturada com respeito e amor,

é fundamental para uma sociedade justa e feliz. No entanto, a família começa

quando os parceiros se resolvem unir sexualmente, amparados ou não pelo

beneplácito das Leis que regem as Nações, respeitando-se mutuamente e

compreendendo que, a partir do momento em que nascem os filhos, uma grande,

profunda e significativa modificação se deverá dar na estrutura do

relacionamento, que agora terá como meta a harmonia e a felicidade do grupo,

longe do egoísmo e do interesse imediatista de cada qual.

Infelizmente, não é o que ocorre, e disso resulta uma sociedade

juvenil desorganizada, revoltada, agressiva, desinteressada, cínica ou

depressiva, deambulando pelos rumos torpes das drogas, da violência, do

crime, do desvario sexual...

Os pais devem unir-se, mesmo quando em dificuldade no

relacionamento pessoal, a fim de oferecerem segurança psicológica e física à

progênie.

Essa tarefa desafiadora é de grande valia para o conjunto

social, mas não tem sido exercida com a elevação que exige, em razão da

imaturidade dos indivíduos que se buscam para os prazeres, nos quais há uma

predominância marcante de egoísmo, com altas doses de insensatez, desamor e

apatia de um pelo outro ser com quem se vive, quando as ocorrências não lhes

parecem agradáveis ou interessantes.

Os divórcios e as separações, legais ou não, enxameiam,

multiplicam-se em altas estatísticas de indiferença pela família, produzindo

as tristes gerações dos órfãos de pais vivos e desinteressados, agravando a

economia moral da sociedade, que lhes sofre o dano do desequilíbrio

crescente.

O adolescente, em um lar desajustado, naturalmente experimenta

as conseqüências nefastas dos fenômenos de agressividade e luta que ali têm

lugar, escondendo as próprias emoções ou dando-lhes largas nos vícios, a fim

de sobreviver, carregado de amargura e asfixiado pelo desamor.

Apesar dessa situação, cabe ao adolescente em formação de

personalidade, compreender a conjuntura na qual se encontra localizado,

aceitando o desafio e compadecendo-se dos genitores e demais familiares

envolvidos na luta infeliz, como sendo seres enfermos, que estão longe da

cura ou se negam a terapia da transformação moral.

É, sem dúvida, o mais pesado desafio que enfrenta o jovem, pagar

esse elevado ônus, que é entender aqueles que deveriam fazê-lo, ajudar

aqueles que, mais velhos e, portanto, mais experientes, tinham por tarefa

compreendê-lo e orientá-lo.

O lar é o grande formador do caráter do educando. Muitas vezes,

no entanto, lares infelizes, nos quais as pugnas por nonadas se fazem

cruentas e constantes, não chegam a perturbar adolescentes equilibrados,

porque são Espíritos saudáveis e ali se encontram para resgatar, mas também

para educar os pais, servir de exemplo para os irmãos e demais familiares...

Não seja, pois, de estranhar, os exemplos históricos de homens e mulheres

notáveis que nasceram em lares modestos, em meios agressivos, em famílias

degeneradas, e superaram os limites, as dificuldades impostas, conseguindo

atingir as metas para as quais reencarnaram.

Quando o espírito da dignidade humana viger nos adultos, que se

facultarão amadurecer os compromissos da progenitura, haverá uma mudança

radical nas paisagens da família, iniciando-se a época da verdadeira

fraternidade.

Quando o sexo for exercido com responsabilidade e não

agressivamente, quando os indivíduos compreenderem que o prazer cobra um

preço, e este, na união sexual, mesmo com os cuidados dos preservativos, é a

fecundação, haverá uma mudança real no comportamento geral, abrindo espaço

para a adolescência bem orientada na família em equilíbrio.

Seja, porém, qual for o lar no qual se encontre o adolescente,

terá ele campo para a compreensão da fragilidade dos pais e dos irmãos, para

avaliação dos seus méritos. Se não for compreendido ou amado, esforce-se

para amar e compreender, tendo em vista que é devedor dos genitores, que

poderiam haver interrompido a gravidez, e, no entanto, não o fizeram.

Assim, o adolescente tem, para com a família, uma dívida de

carinho, mesmo quando essa não se dê conta do imenso débito que tem para com

o jovem em formação. Nesse tentame, o de compreender e desculpar, orando, o

adolescente contará com o auxílio divino que nunca falta e a proteção dos

seus Guias Espirituais, que são responsáveis pela sua nova experiência

reencarnatória.

(De "Adolescência e Vida", de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de

Ângelis)



<*> Para visitar o site do seu grupo na web, acesse:

http://br.groups.yahoo.com/group/Momentos_Enriquecedores/

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