Sabe aquela saudade doída, não se sabe de quê, nem porquê?, sim, aquela que afeta a todos nós, mais dia, menos dia. E isto estava acontecendo com Noemia, naquela noite fria, chuvosa, molhada até no beiral da sua janela preferida. Seus olhos esticados até o horizonte, faziam perguntas que nem sua própria alma conseguia responder.
Resolveu sair, dar um giro, encontrar alguém, quem sabe. Bater um papo, comprar algo e, assim o fez. Arrumou-se toda, perfumou-se, alinhou o cabelo diante do espelho e se foi. E esta foi a última vez que ouvimos falar de Noemia. |