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Artigos-->Medo de crescer- andré luiz -- 16/09/2006 - 21:47 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Medo de crescer



A lógica da vida estabelece que nascemos crianças e morreremos velhos se tudo der certo, há mais diferenças entre um recém nascido e uma criança de cinco anos do que entre um homem de vinte anos e um de setenta.



É na infância que de certa forma é traçada a nossa maneira de interagir emocionalmente com as pessoas e com o mundo (toda vez que se conhece alguém é bom procurar saber como é que foi sua infância, pois é através dela que se sabe quem aquela pessoa realmente é), nessa época da vida quando achávamos que nada sabíamos na verdade estávamos é definindo nossos reais papéis diante da vida.



Lembro-me do meu medo de crescer, de enfrentar a vida, daquela sensação terrível de que o mundo e as pessoas iriam me engolir a qualquer hora, meus pais foram superprotetores e isso tornou meu crescimento emocional tardio, não reclamo pois sempre tive todo carinho do mundo em casa e tempo à gente recupera com um pé nas costas.



Durante a minha adolescência, uma fase terrível da minha vida, procurava ter uma ideologia que me permitisse ser identificado com outras pessoas, queria fazer parte de uma gangue ou de uma tribo, era capaz até de subverter valores meus para fazer parte daquela “sociedade”, não tinha opiniões formadas, queria é não me sentir sozinho naquela período de indefinições , tive muitas dificuldades de tomar decisões em algumas ocasiões justamente por não saber pensar com meus botões e nem caminhar com as minhas próprias pernas em fases jovens da minha existência.



Os conflitos que sempre habitaram a minha alma durante um longo período me atormentaram e dificultaram muito meu relacionamento com as pessoas, por exemplo, por ser apegado demais a minha mãe, minhas relações amorosas eram uma espécie de simulação do amor materno e o resultado disso foram relações de profunda dependência emocional e de muito sofrimento por causa de amor.



Felizmente o panorama da minha vida emocional foi sendo sensivelmente modificado através da experiência adquirida das minhas relações, meus amores não me faziam mais sofrer tanto, li muito sobre psicologia e filosofia e a minha formação sempre foi voltada para o meu crescimento pessoal e não só para ficar rico, sou uma pessoa essencialmente existencialista e a cada dia quero aprender mais e mais sobre a vida.



O meu medo de crescer felizmente passou quando descobri que era muito maior do que eu pensava, que os meus limites sempre foram delimitados por mim, que algumas pessoas tem em si uma inveja nata e que se sentem bem só menosprezando os outros, para essa categoria venenosa de pessoas o antídoto é demonstrar sempre total indiferença.



Andre Luis Aquino

http://andre.aquino12.blog.uol.com.br/





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