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Redação-->Um Menino -- 03/08/2005 - 07:37 (Marcelo Torca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Era um dia como tantos outros, e lá estava Mário Silva, o fogo, andando de bicicleta pela avenida Paulista, ou seja, correndo, pois desde que ganhará a bicicleta de seu pai, só nas primeiras semanas, ainda quando não dominava a técnica, andou devagar. A avenida era longa, já havia passado pela escola municipal e ia em direção ao Rio Paraná, local onde costumava passar alguns minutos da tarde, apreciando da beira do rio, todo o sossego do imenso espelho d’água, eram precisos somente alguns minutos, e lá estava ele montado em sua bicicleta, esfoçando-se para ir rápido, mas a volta era mais cansativa, devido a subida constante. Não demorou, e já estava vencendo o trecho de maior aclive, o qual tinha de fazer mais força, e era visível o suor escorrendo pelo rosto.
Cerca de alguns quarteirões adiante, resolve parar e conversar com o seu colega, este estava brincando com a bola num campinho de terra, com duas traves de ferro, um pouco fora de alinhamento, mas era o suficiente para o divertimento, era Júlio e brincava sozinho, quando fogo se aproxima, e logo pede para jogar bola, cada um iria ficar no gol, e quem fizesse o maior número ganhava, não demorou e apareceram mais dois meninos, e logo deu para formar dois times, cada um tinha dois jogadores, usavam apenas metade do espaço, e sem goleiro, assim valia a maior arma: o drible; quanto mais tempo o adversário perdesse era melhor.
Todo divertimento é bom, mas dura pouco, ainda mais para o fogo, e tinha esse apelido devido não conseguir parar em alguma coisa por muito tempo, assim, estava ele de novo subindo a avenida, provavelmente tentando voltar para casa, a subida perto da escola era mais pesada e exigia mais esforço, ficava de pé na bicicleta para conseguir o impulso devido, até chegar a rodoviária, onde já era plano, e conseqüentemente mais fácil para correr. Quando passa próximo ao banco, vê uma discussão entre alguns jovens, pára e juntamente com outros curiosos, fica prestando atenção ao acontecido, é uma discussão política, como as eleições municipais tinham acabado recentemente, os ânimos estavam acirrados ainda, e principalmente para quem perdeu, pois os eleitores do candidato derrotado eram zombados na rua, e nem todos conseguiam aceitar isso, sendo comum as brigas.
A discussão era justamente sobre a derrota, o lado derrotado acusava o outro de ter vencido roubando, comprando voto, e para se defenderem faziam xingamentos, prometiam de esmurrar até sangrar, se não mudassem de atitude. Nestas situações, sempre havia o grupo de briga, e aqueles que incentivavam, ficando mais afastados, assobiando, gritando e até mesmo provocando mais a briga, até o momento de passar o carro da polícia, e cada um ir para um sentido. Mais uma vez, Mário prosseguia estava novamente tentando chegar em casa, esta ficava no Jardim Primavera, um bairro recente da cidade, e ainda estava em construção, sua família tinha conseguido erguer as paredes, o telhado, portas e janelas, mas faltava o reboco, talvez precisariam de algum tempo mais, para terminar a casa, tudo dependeria da oportunidade de empregos, e este não estava tão fácil assim.
A manhã de sábado chegara, e a primeira atividade era a de varrer o quintal, antes ia pegar mato, qualquer planta com a haste rígida, para varrer, ajuntava o lixo dentro do balde e estava pronto para brincar de burca, seu principal companheiro era Júlio, era costume dos dois se reunirem para brincar nas manhãs de sábado, e com o dia sem chuva, foi um divertimento longo e duradouro, tanto que não brigaram. A hora do almoço estava chegando, a mãe do fogo pergunta ao amigo dele se gostaria de almoçar, mas este, diz não poder ficar pois teria um compromisso a tarde, e teria de tomar banho antes.
Nem tudo era brincadeira, à tarde de sábado foi puro estudo, e como segunda-feira havia prova de português, teve de estudar verbo, e a melhor forma para isso era falar em voz alta, assim gravava mais rápido e não se distraía. Esse era o menino.
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