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Infanto_Juvenil-->O Milionário Pobretão -- 03/03/2002 - 18:19 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pequeno Conto do Milionário Pobre

Ganhou um prêmio razoável na loteria. Já tinha feito a aplicação do dinheiro, conforme sugestão do gerente do banco em que abrira sua primeira conta. Já tinha comprado o básico. Casa, carro, móveis e comida. Muita comida. E resolveu dar uma volta. Precisava gastar mais um pouco. Fazia muito tempo que não fazia este tipo de passeio. Principalmente para comprar. Sem preocupação com o dia seguinte. Mas precisava imitar, fazer igualzinho às pessoas que há muito invejava. E foi para o endereço colhido no jornal. Entrou no salão para ver os quadros. Tinha uma vaga noção. Já ouviu falar, certa vez, de escolas. De estilos. De cores. De brilhos. De sombras. Mas agora, por indicação do jornal, foi dar uma olhada. De perto. Para conferir. Parou em frente ao primeiro quadro. Deu uma olhada rápida. Não sentiu nada. Depois olhou mais devagar. O tamanho do quadro. As cores. As formas. Nada. Ia para o segundo quando lembrou-se do brilho e da sombra. Voltou para o primeiro quadro. Olhou com bastante atenção. Chegou a ver um pouquinho do brilho. Mas não viu a sombra. Será que não tinha sombra? Foi para o segundo quadro. Era um pouco maior que o primeiro. De cores parecidas. E de formas, também. Tinha pouco brilho, mas já dava para perceber. Ficou animado. E foi para o terceiro quadro. Não gostou do quadro. Achou muito parecido com um quadro, pintado numa folha de cartolina, pelo sobrinho de quatro anos, quando fazia seu dever de casa, há muitos anos, na casa do irmão que não via há tempos. E assim foi verificando todos os quadros. Alguns, achava apenas coloridos. Outros, sem forma. Outros, com defeito? Pernas e braços fora dos lugares? Passou a ouvir os cochichos dos demais visitantes, enquanto fingia que olhava para os quadros. E escutou um resto de frase de alguém bem vestido: para entender a poesia , a arte, de modo geral, primeiro ela tem que estar junto conosco. Dentro de nós. Na nossa casa. Foi então que o novo milionário comprou uma porção de quadros, e os levou para sua casa. Feliz da vida!...pois já poderia começar a convidar os seus novos amigos.


Domingos Oliveira Medeiros
03 de março de 2002
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