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Artigos-->A ACADEMIA FRANCANA DE LETRAS -- 10/09/2006 - 21:39 (JOSÉ EURÍPEDES DE OLIVEIRA RAMOS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A ACADEMIA FRANCANA DE LETRAS



José Eurípedes de Oliveira Ramos



A mística que envolve as academias de letras tem um poder de sedução ao qual poucos estão imunes, com justificado e legítimo interesse. Outros, nem tanto! Atual presidente da Academia Francana de Letras pelo quarto e definitivo último ano, pude sentir o desconforto de ter que desconversar e de dizer “nãos” a inúmeros candidatos a uma cadeira na AFL. Cercos, insistências, convites para reuniões sociais, assédio, até, tive que suportar. Como se de mim, de mim só e não de um regulamento, uma diretoria, um conselho e, sobretudo, do currículo literário do interessado dependesse sua aprovação.

Nossa academia não é torre de marfim, nem passaporte para a glória da imortalidade literária, nem coroa para a vaidade. É uma simples confraria de escritores que, a exemplo das semelhantes, reúne-se para estudar e tratar de literatura em sessões reservadas ou públicas. Temos limitações, mas temos alguns dos melhores escritores, pesquisadores, professores e técnicos de Franca entre nós. Não podemos ter tudo e todos: pelo número limitado de cadeiras e porque, infelizmente, alguns expoentes não se interessaram em participar.

Preenchidas as vagas, abrem-se novas, por abandono, renúncia ou falecimento de acadêmicos, sendo certo que há uma lista de espera de candidatos já aprovados. Dispomos da mais completa lista possível de escritores francanos, em atividade ou não, renovada anualmente para inclusão de novos escritores. Nela estão os nomes até de participantes das antologias, profissionais e colaboradores da imprensa, de todas as épocas. Anualmente, em três escrutínios, elabora-se relação segundo o maior número de votos e escolhidos, nessa ordem, os que serão convidados a ocuparem as vagas existentes. O processo de votação leva em conta, quanto ao currículo literário: publicação de livro(s); participação em antologias; trabalho ou colaboração na imprensa; participação em atividades; possibilidade de freqüentar as reuniões e de assumir encargos; compromisso de promover a difusão e preservação da língua nacional, manter o cultivo e a produção continuada de atividades no campo da literatura.

A Academia é, assim, uma organização de estrutura mais rígida, mais recolhida em si mesma, como todas do mesmo gênero. A exemplo das demais, não tem objetivos sociais ou recreativos, não participa da chamada vida literária boêmia, nem se destina a aparecer ou a projetar indivíduos.

Existem dezenas de alternativas para os amantes da literatura em nossa cidade, oferecidas por grupos informais que admitem os interessados com pouca ou nenhuma exigência burocrática, sem contar os “centros literários” dos cursos de letras das universidades locais. São muitos; tantos, que é possível encontrar alguém que pertença a algum deles: entre universitários, estudantes do segundo grau e até secretárias de consultórios médicos! Nossa cidade é pródiga em praticantes da arte, principalmente poetas. Dos mais conhecidos, destacam-se: “Estrela de Jali”, “Sociedade dos Poetas Menores” e “Grupo Educacional Veredas”. O “Estrela de Jali” é de formação recente, integrado por jovens estudantes universitários. A “Sociedade dos Poetas Menores” é largamente conhecida, bem organizada, que alcançou a publicação de livros com trabalhos de seus associados.

Quanto ao “Grupo Educacional Veredas”, há muito que dizer. É o mais antigo, consistente, produtivo e dedicado encontro de voluntários idealistas que se dispuseram a proporcionar ensino gratuito –mais que ensino, Educação— a comunidades carentes, e a estudar, orientar e despertar vocações no campo da literatura, promovendo inclusive a edição de livros. Muitos dos escritores presentes na literatura francana passaram pelo “Veredas”.

A Academia, finalmente, não tem nem a dinâmica nem a agilidade dos outros grupos dedicados à literatura. Reúne-se apenas uma vez por mês em sessão reservada, sendo certo que a programação é (total ou parcialmente) definida anualmente, e é constituída principalmente por palestras. Já o Veredas, com número maior de participantes, reúne-se todos os sábados (para trabalho, ensino e orientação a jovens) e todos os domingos (para estudo de literatura em nível elevado, orientado por professores).





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