AMAR-TE
Qual roupas soltas ao vento, chorando ao calor do sol,
Meu coração é preso às trevas, chorando ao deixar um amor.
Alegria nele não existe... somente amargas lembranças
Das muitas vezes que o enganaste, das muitas que o fizeste sofrer
Qual andorinhas que pairam nos ares à procura de alimento,
meu coração vagueia em silêncio eterno, à cata do amor que se vai.
Tristeza é o que nele existe...
Tristeza e muito amargor!
Só lhe resta então esquecer...
Ficar, enquanto o outro parte!
Mesmo sabendo que, embora tantos desgostos...
Ainda que pelos despresos...
Sempre e por toda a vida
Nunca deixará de amar- te.
Edison Gasparim / out -1968
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