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Poesias-->Uma voz no escuro -- 20/06/2002 - 15:17 (Vitor Tadeu) |
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Uma voz no escuro...
(Um suspiro a Mônica)
Lágrimas de sangue brotam das palmas do orvalho noturno
Pede a Deus forças
Pois eu voei com os ventos
Pelos mares da tua esperança
Hoje sou uma criança chorona e medrosa
As minhas noites frias, com você tinham outro sabor
Sabor de edredom, de camisola feminina querendo ser minha mulher
Agora a passos do desespero, com a minha gaita desafinada
Toco uma canção triste de inverno doentio
Morrerei então, se for para te ver nas minhas lembranças
Morrerei então, na escuridão de um deserto
Morrerei então, se for para morar na tua casa
Pequena que você esconde no peito
Nem um milhão de idiomas
Poderia gritar para o mundo a minha solidão
Nas avenidas que penso que existem perto das nuvens
Rabisco teu nome, rabisco teus lábios em papéis vermelhos
Subo as escadas do paraíso atrás da tua voz
E vejo os anjo a rirem, um riso sarcástico da minha paranóia
Brinquei de guerra com Deus,
Para assistir sozinho minha derrota
E as meninas do Éden vinham me seduzir
Nas torres dos castelos dos guardiões
Com tochas apagadas a cem mil anos
Vampiros de lágrimas sobem pelo meu corpo
Para sugar das minhas veias quase mortas
A busca dos prazeres...
Do sorriso infantil dos teus retratos velhos
A música acabou.
Agora quase no fim da noite
A insônia chega com seu carnaval absurdo
Abusando da minha fragilidade
E trocaria todas as quintas-feiras pela próxima
A quinta-feira mágica...
Vitor Tadeu – 03/06/2002
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