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Artigos-->BRASIL AMPUTADO -- 02/09/2006 - 12:39 (Délcio Vieira Salomon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
BRASIL AMPUTADO



Délcio Vieira Salomon



Colega, professora universitária, acaba de enviar-me, de Saint Louis, USA, via internet, notícia que me deixou estarrecido. Na página 76 do livro de geografia “An Introduction to Geography” de David Norman, adotado em escolas dos USA, em ilustração, aparece o mapa do Brasil amputado: sem a Amazônia e o Pantanal.



Segundo o texto, essa área está sob o poder internacional dos USA e da ONU (Power International Reserve of Amazon Forest – USA and UN). Ali se lê: “Desde meados dos anos 80 a mais importante floresta tropical do mundo passou para a responsabilidade dos USA (...) e essa possessão é denominada de FINRAF (Former International Reserve of Amazon Forest), simplesmente porque a Amazônia está localizada na América do Sul, uma das mais pobres regiões sobre a terra e ocupada por países irresponsáveis, cruéis e autoritários”. A continuidade do texto se refere a nós sul-americanos como “gente cruel, traficante de drogas, inculta e ignorante, capaz de causar a morte ao mundo todo dentro de poucos anos”.



O choque da notícia fez-me recordar meu tempo de adolescente quando li A ilusão americana de Eduardo Prado, em que narra o episódio de uma reunião entre autoridades do governo americano diante do mapa do Brasil. Olhando fixamente para o formato do Brasil, um deles sarcasticamente confabula: - “Belo pernil! Digno de saciar o apetite do Tio Sam”.



Em mãos, com objetivo de ler, o Thy Will Be Done - the conquest of the Amazon: Nelson Rockefeller and Evangelism in the Age of Oil de Gerard Colby e Charlotte Dennet da Editora Harper Collins, em que os autores narram “a extraordinária saga que se desenrola desde o “Oval Office” da Casa Branca até as florestas tropicais da Amazônia, para mostrar que a Guerra Fria ligou uma das mais poderosas famílias da America, os Rockefeller ao governo americano, desde a campanha dos anos 40, para conquistar a Amazônia, com o objetivo aparente de evangelizar os povos pagãos ou sem bíblia (Bibleless tribes) e lutar pela democracia contra o comunismo, mas, na realidade, a fim de dominar regiões petrolíferas e estratégicas fontes naturais, onde lucrativos mercados estão sendo desenvolvidos até hoje” (assim está escrito na orelha do livro).



Já desde o final do século XIX os americanos estão de olho na Amazônia. E pelo texto de Geografia de David Norman, sua ocupação já está consumada. Será que o projeto SIVAM, objeto de recente escândalo, não faz parte da mesma armação que levou Bush a dominar o Afeganistão, instalando lá sondas submarinas para extrair, com a mesma audácia dos antigos piratas, o petróleo tão abundante naquela região? A hegemonia norte-americana tem levado seus governantes a se julgarem, sem o menor escrúpulo, donos do terceiro mundo.



Realmente é de estarrecer, porque não se trata de fantasia, alucinação, delírio paranoico. Antes, pelo contrário. É a triste realidade. Não podemos mais nos iludir, nem confiar em cogitável capacidade de reagir de nosso atual governo, americanófilo até as entranhas. Há necessidade de todos nós, cidadãos conscientes, em nome do amor ao Brasil, a nossas famílias, aos nossos filhos e às futuras gerações, denunciar o fato, exigir do legislativo, do judiciário e do executivo, em todas as esferas, particularmente dos candidatos à Presidência da República, a tomarem posição, a exigirem passar a limpo todos os noticiários que denotem indício de domínio norte-americano sobre nós. O menor sinal deve obrigar-nos a abrir os olhos. Antes que seja tarde.



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