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Cartas-->Tributo a Oscar Wilde II -- 01/03/2001 - 10:58 (Felipe de Oliveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A França comemorou com grandeza os 100 anos da morte deste genial e excêntrico escritor com vàrias comemoraçôes e reediçôes das obras completas. Oscar Wilde nos deixou um legado extraordinàrio : nele podemos admirar o artista, o homem, o apaixonado, o drama da sua vida e acima de tudo os ideais que ele sempre defendeu. Uma das obras maiores de Wilde é certamente a sua carta-confissâo De Profundis.

De Profundis é um monòlogo grande que Wilde escreveu na prisâo para o seu amigo e amante Lord Alfred Douglas. A carta foi escrita provavelmente em 1897 e Wilde deu o manuscrito a seu amigo e executor testamentàrio Robert Ross para que fizesse còpias e enviasse a Alfred Douglas. Lord Douglas, sempre negou ter recebido esta carta e diz que sò tomou conhecimento do conteùdo em 1914.
Neste monòlogo Wilde tenta fazer o ponto e a luz sobre suas relaçôes com Alfred Douglas e sobre ele mesmo. Restabelecendo a verdade, sua verdade, sobre este relacionamento conflitante e as circunstâncias que o conduziram a se lançar num processo de difamaçâo que todos sabiam que seria prejudicial para Oscar Wilde. De Profundis mostra um homem ferido, de coraçâo partido, cheio de remorsos, culpas, sozinho, porém, consciente da sua arte e do seu talento.

Em 1905, depois da morte de Wilde, Ross publica uma ediçâo expurgada onde ele dà o tìtulo de De Profundis. Com medo de um processo por parte da famìlia de Alfred Douglas e do pròprio Douglas, o monòlogo omite o nome de Douglas e da famìlia e deixa a entender que a carta foi escrita para o pròprio Ross.

Em 1909, consciente que possuia nas mâos uma verdadeira bomba, Robert Ross doa o manuscrito (antes datilografou algumas còpias) ao British Museum com a condiçâo que o original sò fosse de domìnio pùblico em 1960. Vàrias còpias apareceram aqui e ali, mas nenhuma é completa. Somente em 1949, um dos filhos de Wilde, Vyvyan Holland -depois da prisâo de Wilde a sua esposa Constance muda de nome- publica um texto integral oriunda das còpias de Ross. A partir de 1960 é que a ediçâo original de De Profundis pode ser lida e confirmada pelo manuscrito de Wilde do British Museum.

Essa carta-confissâo perseguiu Alfred Douglas durante toda a sua vida. Condenado pelas geraçôes futuras a ser o culpado da prisâo e da morte de Wilde, ele vive até o final da sua existência recluso, sem grandes amigos, repelindo os jornalistas e assistindo a obra de Wilde conquista o mundo. Douglas foi um vìtima do destino e até o final dos seus dias ele pagou por isto. Sobreviveu todo o restante da sua vida com o imenso peso de ter vivido uma grande paixâo com um grande artista. Dai a sua famosa frase : “ Este amor que nâo tem coragem de dizer o seu nome.” Wilde depois de liberado da prisâo confessa aos poucos amigos que o condenam de reencontrar Douglas : “Eu nâo posso viver sem a atmosfera do amor, eu preciso amar e ser amado, qualquer que seja o preço a pagar. Wilde morre pobre e solitàrio em 1900, no Hôtel d’Alsace, rue de Beaux-Arts, Paris. Atualmente para se hospedar no mesmo quarto onde morreu Wilde, que conserva os mòveis da època, tem que se fazer uma reservaçâo dois anos antes.
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