Quando já estamos no segundo tempo do jogo da vida, ou seja, já passamos dos 40 ou 45 anos de idade, começamos a fazer uma retrospectiva maior sobre os anos que passaram, o que aprendemos, o que fizemos nesse tempo e pricipalmente avaliamos nossas vitórias e derrotas.
Desde pequenos somos educados para competir, mas necessariamente somos obrigados a ter um bom desempenho em todas as nossas atividades, pois isso é fator de orgulho para nossos pais e toda a família.
Hoje sou pai tambem, e continuo motivando meus filhos para serem bem-sucedidos nas suas profissões, nos seus esportes e até nos seus amores.
Penso que continuo me enganando quanto a esse comportamento. Acho que melhor seria prepará-los para serem felizes.
É verdade tambem que se nossos filhos tiverem uma boa formação educacional e cultural terão maiores chances de ter uma profissão que lhes assegure um futuro melhor.
Mas será que isso é bom?
Ouço dizer que "o bom é inimigo do melhor"!
E nós queremos sempre o melhor para nossos filhos.
Nas inúmeras e intermináveis pesquisas realizas sobre felicidade, os índices nos mostram que os individuos que possuem maior satisfação em viver são exatamente os menos privilegiados financeiramente.
É um contra-ponto daquilo que achamos ser o correto. É evidente que podemos ser ricos e felizes, mas isso não é uma resultante na equação da vida.
Se "eu me basto", posso ser feliz. Os problemas existem e vão continuar existindo, quer espirituais, intelectuais, morais ou materiais e creio que a nossa grande dificuldade é a administração de nossas emoções.
No mundo consumista em que vivemos onde o capital é o combústivel da vida, é quase inevitável priorizar o confôrto e dar crédito a procrastinação.
Nessa segunda parte do jogo da vida, quando não sabemos quando o árbitro irá apitar o seu término, eu preciso ficar atento para não fazer gool contra, preciso segurar o resultado, mesmo que a partida termine em empate.