“Deus, infinitamente Perfeito e Bem-aventurado em si mesmo, em um desígnio de pura bondade, criou livremente o homem para fazê-lo participar da sua vida bem-aventurada. Eis por que, desde sempre e em todo lugar, está perto do homem. Chama-o e ajuda-o a procurá-lo, a conhecê-lo e amá-lo com todas as suas forças. Convoca todos os homens, dispersos pelo pecado, para a unidade da sua família, a Igreja. Faz isto através do Filho, que enviou como Redentor e Salvador quando os tempos se cumpriram. Nele e por Ele,chama os homens a se tornarem, no Espírito Santo, seus filhos adotivos, e portanto os herdeiros da sua vida bem-aventurada” (Catecismo § 1). Com efeito, se por um homem veio a morte, por um homem vem a ressurreição dos mortos. Assim como em Adão todos morreram, assim em Jesus Cristo, o Filho de Deus, todos reviverão. Cada qual, porém, em sua ordem: como primícias, Cristo; em seguida os que forem de Cristo, na ocasião de sua vinda. ( I Cor. 15,21-23). Assim, no  Batismo de Jesus, Deus cumpre a promessa que fez através do profeta Isaias: “ Faço repousar sobre ele meu espírito, para que leve às nações a verdadeira religião”  ( Isa. 42,1), e “ quando todo o povo ia sendo batizado, também Jesus o foi. E estando ele a orar, o céu se abriu e o espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e veio do céu uma voz; “ Tu és  o meu Filho bem-amado; em ti ponho minha afeição.” ( Luc 3,21-22). Depois que saiu da água, Jesus dirigiu-se ao deserto, ficou sem comer e sem beber durante quarenta dias, e foi tentado pelo demônio. O grande objetivo do demônio era fazer com que Jesus desistisse de sua missão salvífica. Mas Jesus cumpriu em sua carne a profecia do sumo- sacerdote Caifás: “ Convém que um só homem morra em lugar do povo”. ( João 18,14). Com certeza,  Caifás não sabia que profetizava a respeito do Cordeiro de Deus  que se oferecia em sacrifício, e sacrifício de cruz, para salvar a humanidade.Caifás falou assim, temendo que César pudesse vir a mandar seus soldados exterminar os judeus. Por isso, disse: “Convém que um só homem morra em lugar do povo”. Passados os quarenta dias depois de seu batismo, e depois de vencer o demônio, Jesus cheio da força do Espírito Santo, voltou para a Galiléia, dirigiu-se a Nazaré onde havia se criado, e entrou na sinagoga, como era seu costume e levantou-se para ler. (Luc. 4,14-16). Desenrolando o livro,(rolo) escolheu em Isaias esta passagem: “ O Espírito  do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres; para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do Senhor. Depois, enrolou o livro e sentou-se, e começou a falar:” Hoje se cumpriu em mim este oráculo que vós acabais de ouvir.” ( Luc 4,17,21).

Durante  sua vida pública Jesus operou muitos milagres, curou cegos, paralíticos, surdos, curou doentes e expulsou demônios. Aproximando-se o tempo em que devia ser arrebatado deste mundo, Jesus dirigiu-se a Jerusalém. Enviou diante de si mensageiros que, tendo partido, entraram em uma povoação dos samaritanos para lhe arranjar pousada. Mas não o receberam, por ele dar mostras de que ia para Jerusalém. Vendo isto, Tiago e João disseram: “ Senhor, queres que mandemos que desça fogo do céu e os consuma? Jesus voltou-se e repreendeu-os severamente. “ Não sabeis de que espírito sois animados. O Filho do homem não veio para perder as vidas dos homens, mas para salvá-las”.( Luc 9,51-56)