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Artigos-->CIENCIA, LIBERDADE E RELIGIÃO -- 25/08/2006 - 15:55 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CIÊNCIA, LIBERDADE, RELIGIÃO



Francisco Miguel de Moura*



“Nada receio, nada temo, sou livre”

Nikos Kazantzákis



Estimulado por perguntas de uma leitora do meu artigo “Natureza versus Ideologia”, meto-me em casa de maribondos: o assunto religião. Escreveu o romancista Nikos Kazantzákis, para que fosse gravada no seu túmulo, a frase que eu gostaria de repetir. Mas digo apenas que “sou livre”, e para os seres livres pensar é mais que permitido, é uma obrigação. Ao que sei, até então nenhuma grande religião se meteu contra a ciência. Ás vezes, quando muito, discorda de algumas práticas, por desconhecimento dos postulados. O saber da religião vem pela fé, e o da ciência, pela razão. Os credos realmente modernizados procuram não discordar dos avanços científicos. Exemplo: A religião católica, embora com grande atraso, alia sua fé àquilo que é conhecimento racional provado.

Mas minha correspondente virtual, através de e-mail, me perguntou: “Como você explicaria o fato de o cristão expulsar demônios em nome de Jesus, não digo as falsidades; como alguém leigo pode falar em línguas estranhas – estranhas para quem ouve – pode ser japonês, inglês, ou até a língua dos anjos, ou latim, ou grego, uma língua antiga como a dos bárbaros? Hipnose ou transe ou acredito que não seja”.

Penso que neste mundo ninguém recebe mensagem de quem partiu, isto é, de quem morreu. Tudo não passa de suposições, ilusões, efeitos da mente. Nós possuímos um cérebro tão complicado que podemos controlar a dor que sentimos e eliminá-la; podemos sentir dor sem haver nenhum motivo, nenhuma doença, provinda apenas de impressões recebidas do meio e não dominadas; podemos ver e ouvir o que não existe, assim como não ver nem ouvir o que existe realmente. Eis aí a nossa mente.

Lembremos, porém, de William Shakeaspeare: “Há mais mistérios entre o céu a terra do que sonha a nossa vã filosofia”.

Para mim, os chamados mediúnicos aos seres do além-túmulo (e seus atendimentos) não passam de impressões do cérebro, assim como acontece com a hipinotismo e outros fenômenos já comprovados. Também não digo que sejam provenientes de burlas todas as incorporações e curas que se mostram. Podem ser ilusões provocadas pela fé (que, como outras manifestações humanas, cega nosso cérebro), e feitas, e/ou recebidas até de boa fé. Mas, vou além. Como é possível que tanta gente se engane? E tanta literatura ditada por espíritos do além e escrita por médiuns terrenos? É verdade? Autêntica? É difícil saber. Não descarto a possibilidade dos mistérios, aqueles fenômenos aonde a ciência não conseguiu chegar. Mas daí a crer piamente nesses fenômenos são outros quinhentos. Sou livre para pensar e resolver intimamente o que acho seja a verdade e o que não posso acreditar. Não procuro polêmica nem digo que o espiritismo seja ruim. A mim me basta a consciência de um Deus criador, impessoal, e de seu filho Jesus, que veio salvar o homem pelo amor, para que não se faça mal aos outros homens, como lenitivo dos sofrimentos terrenos presentes, e a esperança de um futuro tranqüilo.

Não estou dizendo que sou católico nem de qualquer religião, mas querendo fazer com que o leitor me creia quê sou religioso como todos os homens com um certo grau de humanização e sabedoria, e afirmando que depois do direito à vida, nada mais sagrado que o direito à liberdade.

_________________________

*Francisco Miguel de Moura, escritor brasileiro, mora em Teresina. E-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br

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