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Artigos-->EM FORMA DE CONVERSA - PREFÁCIO -- 25/08/2006 - 15:50 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
EM FORMA DE CONVERSA - PREFÁCIO



Francisco Miguel de Moura*



É uma satisfação encontrar alguém, na rua, que nos diz assim: – Companheiro, também sou membro da UBE-PI. E conversar sobre assuntos de literatura e arte.

Neste momento me lembro do velho amigo “ubepiano” José Gerardo Marques, que não sei por que não aparece nesta Antologia, lembro do Des. José Soares de Albuquerque, que abre a coletânea com uma história de amor, e da Profa. Lisete Napoleão Medeiros, presença constante e agradável nos eventos lítero-culturais de nossa terra, sem falar no orgulho do Des. Tomaz Gomes Campelo em nos representar em festas particulares ou públicas, ou onde quer que esteja presente.

Já escrevi na “Literatura do Piauí”, livro editado em 2001, sob a égide da Academia Piauiense de Letras, que o CLIP – Círculo Literário Piauiense – movimento característico dos anos 60 do século XX, no Piauí, foi o ovo da UBE-PI, fundada em 21 de outubro de 1973. Portanto, nada melhor do que confirmar que aquele continua vivo na UBE e esta é a menina dos nossos olhos: eu, Hardi Filho, Herculano Morais, Osvaldo Lemos e outros. Assim sendo, nada mais prazeroso do que apresentar esta quarta realização anual da UBE-PI aos leitores, entidade que, de direito e de fato, nos representa na pessoa do Des. Tomaz Gomes Campelo, seu presidente. Ele vem desenvolvendo, não há negar, um trabalho paciente e silencioso em torno da efetiva união de todos os companheiros, com elegância e boa dose de otimismo.

Pois bem, o aparecimento desta coletânea de contos, crônicas, poesias e memórias denominada de “IV Antologia de Escritores” sob o selo da UBE, eleva o Estado e merece todo o nosso respeito e aplauso.

Prefácio não é lugar de crítica nem de reparos. O importante é que a obra está aí, tirando-nos da modorra, do silêncio que, a cada ano, muitos escritores não-profissionais são relegados. Como aqui não há espaço para comentar todas as matérias, atenho-me a apontar os trabalhos que mais me chamaram a atenção durante a leitura dos originais. Isto não quer significar que os demais não sejam tão importantes quanto os mencionados. Mas fiquei admirado da beleza, sapiência e profundidade de matérias como “Reler O.G. Rego de Carvalho”, “A Cidade da Minha Infância”, “As Armadilhas”, ”Sopa de Biscoitos”, “O Sonho não Terminou”, “Fida e Seu Tempo”, os poemas de Hélio Soares Pereira e José Ribeiro e Silva, entre outros tantos. Só esses são capazes de indicar a necessidade da publicação para que a literatura não morra neste torrão de Da Costa e Silva.

A literatura é uma atividade vital, todos nós temos necessidade de comunicação escrita, no mundo moderno, não apenas daquela virtual dos “internautas”, que não se dirige a ninguém, mas especialmente desta que tem um público alvo, seja o vizinho, o colega de trabalho, o amigo jornalista, o professor do colégio, o viajante desconhecido que passa por esta terra conhecida do homem há 50 mil anos ou mais, como garante a Profa. Niéde Guidon (Museu do Homem Americano), em São Raimundo Nonato – PI, onde escava e busca as riquezas antropológicas da Serra da Capivara e da Serra das Confusões. Já naqueles tão recuados tempos o homem precisava da comunicação escrita, vejam-se as inscrições deixadas ali. O homem é um animal que possui alma, espírito e coração. Não é possível ser transformado em mais um robô, como parece ir acontecendo nesta fase “tecno-crônica” da história do mundo.

A literatura humaniza, agrega, desenvolve a alma e os sentimentos mais profundos da criatura. É preciso que cada técnico, cada burocrata, cada industrial, cada cientista levante os olhos e veja o céu, as estrelas, o mundo redondo e líquido em que vivemos, para não morrer como peixe fora d’água. Quem não lê tem sede. Se ainda não tem, terá um dia quando talvez seja tarde. Leitor piauiense, eis aí uma obra que, coletivamente, fala de você, e que deve ser vista pelo poder público como meritória e digna de todo o apoio.

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*Francisco Miguel de Moura é membro da UBE-PI e ex-Presidente

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