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Artigos-->ELEIÇÕES -- 22/08/2006 - 22:19 (Filemon Francisco Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ELEIÇÕES



Filemon F. Martins





Já faz alguns dias que o horário eleitoral na televisão nos obriga a mudar a rotina: ouvir uma boa música, ler um bom livro ou um bate-papo em família. É que os partidos políticos, que deveriam coibir candidaturas de participantes de mensalões, sanguessugas e caras de pau, imaginam que o eleitor não tem memória e não sabe separar o joio do trigo.

É evidente que a decepção causada pelo fracasso do governo Lula, sob o impacto do sonho e da esperança de um Brasil digno e decente, depois da derrocada do governo do sociólogo Fernando Henrique Cardoso por oito longos anos, frustrou e desestimulou muitos brasileiros.

Além do mais, parlamentares que receberam o mensalão para aprovação da reforma da previdência, taxação de inativos, prorrogação da CPMF, aumento tributário, sanguessugas que engordaram suas contas bancárias e seu patrimônio, à custa da miséria e da saúde de brasileiros excluídos, desvalidos, vítimas do descaso e da visão obtusa do antigo coronelismo, hoje agrupados numa “poderosa organização criminosa”, assim definida pelo Ministério Público Federal, muitos foram absolvidos pelo Congresso Nacional numa afronta inominável ao cidadão brasileiro e estão aí pleiteando a reeleição, sob os olhares complacentes do Superior Tribunal Eleitoral.

O Brasil é um país exuberante e rico, mas estamos à deriva. As estradas brasileiras, por onde escoam a produção dos agricultores e entram materiais básicos da construção, medicamentos e bens de consumo, estão caóticas. Em IPUPIARA, minha cidade natal no interior da Bahia, a BA-156 está intransitável (julho/2006). Também não há estradas asfaltadas para MORPARÁ, BROTAS DE MACAÚBAS, IBIPEBA, GENTIO DO OURO, XIQUE-XIQUE, BARRA DO MENDES E IRECÊ. Para IPUPIARA o governador prometeu: até dezembro as estradas estarão recuperadas, mas se esqueceu de informar em qual ano as estradas ficarão transitáveis, já que se passaram vários “dezembros”. Pior, quando visita a cidade, vai de helicóptero, portanto não conhece as estradas.

Ao contrário do que se prega, é uma utopia pensar que todos os brasileiros têm acesso ao computador, apesar de ser grande a propaganda da inclusão digital. O computador é caro, as contas telefônicas são caríssimas e a lentidão emperra o sistema. Educação nunca foi prioridade de nenhum governo no Brasil. Saúde é uma calamidade nas capitais, imaginem no interior do Brasil, longe dos holofotes da imprensa. Medicamentos são caros e só compra quem tem dinheiro.

Esta radiografia serve para quase todas as cidades e regiões do Brasil. Enquanto isso, os que governam apregoam na televisão que houve recuperação das rodovias brasileiras, que o povo está vivendo melhor, que a saúde do povo está ótima, que as nossas crianças estão na escola e aprendendo mais. As aspirações nacionais, como educação, segurança, trabalho, bem-estar social, crescimento e melhor distribuição de renda vão se diluindo no conformismo e crescendo o sentimento de indignação pela impotência da sociedade de combater as falcatruas e tramóias, impregnadas em todos os escalões da Administração Pública.

Nestas eleições, ficamos a imaginar que se o deputado cassado Roberto Jefferson (PTB) não tivesse aberto a boca, tudo estaria como dantes, a sociedade brasileira jamais saberia das mesadas, do mensalinho e do mensalão que regou as contas bancárias de parlamentares para aprovar projetos nocivos e subtrair direitos de trabalhadores. Tem-se a sensação de que tudo está perdido, especialmente se continuarmos com esta corja de exploradores da boa fé do povo, que querem continuar sugando os cofres públicos.





filemon.martins@uol.com.br

filemonmartins@bol.com.br





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