Quando nos defrontamos com uma pergunta como essa, por vezes fica difícil de reponder.
Parece clara, simples, mas nem sempre.
Existem coisas urgentes e importantes, existem as importantes e urgentes, mas muitas vezes somos enganados por nossa falta de temperança em priorizar ordenadamente tais situações.
Um acidente vascular cerebral, é sério, urgente e importante e por isso devemos largar tudo o que estamos fazendo para procurar resolver tal problema. Assim como é da mesma gravidade um infarto do miocardio ou a hora de um nascimento.
Entretanto, temos por hábito em nossa vida cotidiana, "importantizar ou urgenciar" situações que não merecem tais conotações.
Melhor me explicando: Quando em nossas tarefas profissionais somos lembrados por um superior hierárquico sobre um determinado produto que não chegou ao cliente, o assunto é importante para a empresa, mas não tem necessariamente a urgencia que nos é passada.
Precisamos em primeiro lugar, examinar onde está a mercadoria em referencia. Ela poderá ainda estar em uma etapa de fabricação, estar no setor de embalagem, ou ainda, pode ter sido despachada e estar em trânsito. Outros motivos podem ter ocorrido para não ter sido faturada e assim por diante, todavia não devemos procrastinar.
Em nossa casa estamos constantemente elegendo prioridades erradas por não saber responder sôbre o que é urgente ou importante.
Não é raro comprarmos uma televisão nova, atendendo aos apelos profissionais, quando na verdade o mais importante e urgente seria consertar um telhado que goteja quando chove.
As emoções tambem nos dificultam tomar medidas mais acertadas. Priorizar um passeio ou uma festa quando estamos com dificuldades financeiras, dar um bom presente de formatura para um filho, quando na verdade o mais importante é investir em uma pós-graduação ou em uma empresa que possa ser lucrativa a médio ou longo prazo.
É difícil "gerenciar as emoções".
Quando conseguimos fazer tal gerenciamento, temos maior facilidade em diferenciar em nossas vidas "o urgente do importante".
Podemos pensar, por outro lado, que o que é importante para mim, pode não ser para outra pessoa, assim como a urgencia tem a mesma conotação.
Dessa forma, somos obrigados a nos adaptar e conviver com uma sociedade habituada ao consumismo e ao imediatismo.
Nos dias de hoje é necessário ser polivalente em nossas atitudes para conseguir alcançar objetivos. Somos partícipes de um espetáculo que não gostamos e convidados preferenciais de uma vida falsa elitista que não nos pertence.
"Cair na real". Essa é a frase eleita para viver a simplicidade e sentir felicidade.
Penso que o simples me encanta, e por isso, mesmo cometendo algumas imprudências e sendo vítima de minhas emoções, vou continuar me equivocando no "urgente e importante".
