Não é fácil administrar a enxurrada de informações e comunicação que se propaga via Internet.
Há dias em que entro na caixa de correio e as mensagens são, por assim dizer, avassaladoras... Redundantes... Bombásticas... Efusivamente contundentes em conteúdo e número. Credo! Ou será: “cruzes”?
Quero com esta retórica franca dizer que é impossível agradar-se a "gregos e troianos” no sentido de dar-lhes a devida (será?) atenção.
Há mais carência reprimida, por aqui, do que possamos contar nos grãozinhos de arroz da refeição diária. Mais busca de “não-sei-quê”... Mais... Mais... Não sei mais...
Sou uma pessoa ocupada. E se atualmente desfruto de certa regalia de tempo é que lutei por ela, para, exatamente, fazer de meu tempo o que bem me aprouver.
Escrevo este motivada por um e-mail malcriado que recebi de certa criatura, aflita de uma carência aguda talvez, em que me dizia:
“Ei, mila!
Por que você não enfia seus poemas
no rabo
E responde meus e-mails?
Estou precisando muito de um conselho seu,
já mandei e-mail antes e tu não respondeu!
Sobre aquele trabalho de lingüística, porra!”
A referida criatura, pediu-me há algum tempo que lhe fizesse um trabalho para a faculdade (e pagaria muito bem por ele) sobre determinado assunto. Eu, naturalmente não lhe respondi, pois não faço este tipo de coisa, pela Internet ou fora dela.
Sou professora, não "quebradeira de galhos”
Não me iludo, absolutamente, com pessoa nenhuma deste mundinho ilusório.
Tenho os pés no chão e minhas reservas de tolerância zeradas. Por muita coisa
que “vejo passar por aqui”.
O que quero dizer é que faço de meu tempo um aliado de minhas aspirações momentâneas e que não abro mão dele para responder e-mails, ou algo semelhante... A não ser com quem “estritamente merece”... E esses... Posso contar nos dedos de uma só mão!