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Artigos-->AMOR, MEDICINA E POESIA -- 26/07/2006 - 10:35 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
AMOR, MEDICINA E POESIA



Francisco Miguel de Moura*





“Faltou-me nada mais que um suspiro/para produzir o infinito”. Belos versos da poetisa Teresinka Pereira, mulher que luta pela vitalidade da arte e do amor, do humanismo social, dentro da aldeia global em que vivemos! Ela sabe ver, ouvir, viver, cantar e contar. Foi o que nos passou num relatório sucinto de recente viagem. Nunca me canso de ler Teresinha Pereira, quer em poesia, quer em prosa. Como o espaço é curto, tentaremos doravante resumir sua viagem em volta do mundo, se possível em suas próprias palavras:

– “Meu filho Luiz Carlos acompanhou-me nesse passeio pelo mundo, o qual teve sua primeira parada no dia 22-5-2006 na Itália, em Palermo, para a inauguração do novo campus da Escola de Medicina Naturopatia, da qual é diretor o Dr. Ignazio Li Vigni e o presidente, Prof. Biagio Paternostro. Dei a aula inaugural, falando sobre Os usos medicinais da folha de coca pelos incas do Peru e da Bolívia. Ao mesmo tempo da inauguração duas estudantes receberam seus diplomas, e fui instaurada como reitora internacional e professora visitante de Cultura Americana e Medicina Natural. Houve também uma grande festa com a presença de um grande número de estudantes, amigos e familiares que durou várias horas, terminando com a representação de peças de um ato pelo grupo da dramaturga Anna Mauro. O grupo também apresentou representações de minha poesia, em italiano, traduzidas por Giuseppe Filippone.”.

Precisamos analisar um pouco o que Teresinka Pereira nos conta. Lembrar que tudo da natureza é para o bem do homem, sabendo usar. Não sabendo, transforma-se em pesadelo. É o mal. Todos nós conhecemos o flagelo da droga em nosso continente produtor de cocaína e exportador para os demais, principalmente Europa. O grande problema social do nosso tempo não é o islamismo nem o terrorismo: é a droga. Ela nega a medicina (ciência), nega o amor (a vida e a felicidade), nega a poesia (a beleza de tudo ao natural). No mundo aberto como o da globalização, ela é um prenúncio do grande mal. Faz mal ao homem, faz mal à sociedade, ofende as forças criadoras (ou divinas), de que já falei.

O motivo da sua viagem foi receber o Primeiro Prêmio Mundial de Poesia e participar de reuniões com os principais poetas da China, logo que chegaram a Hong Kong (25 de maio). Na China, como turista, visitaram Lantau e o templo do enorme Budha, que é maior que nosso Cristo do Corcovado. “Impressionante o Budha e a devoção dos chineses que lá faziam romaria! exclama.” Ainda na China marcou-lhe muito a visita a Macau, com edifícios coloniais à moda portuguesa, mascas da colonização, muito parecida com Ouro Preto. Nomes, prédios e ruas em português, o guia falando um pouco da nossa língua. Depois do Japão, esteve na ilha Guam (29 de maio), de deslumbrante beleza, o lugar mais longe do mundo para nós do ocidente. Roteiro sentimental, pois lá habitam sua filha Luzia, Lewis, o marido – ambos professores de arte – e o filhinho Noah, que nasceu durante o tufão. A ilha sofre a cada 2/3 anos tufões que acabam com quase tudo. E o povo, admiravelmente, reconstrói sempre na esperança de que não mais aconteçam. O passeio principal: porto Soledad, onde há o monumento a Fernão de Magalhães, o primeiro navegante que deu a volta ao mundo (1521). Magalhães é a família de sua avó paterna. Em Agana, sede do governo de Guam, o prefeito é Pereira, logo parente também – nome apreciadíssimo pelos chamorros (os moradores da ilha), pois todos os cheques são assinados por ele, ao contrário de Magalhães, odiado, justo porque Fernão a eles fez guerra, da qual se vingaram roubando tudo o que ele tinha deixado no porto. Quando foi embora, apelidou Guam de “A Ilha dos Ladrões”.

Quem entenderá a natureza, a criatura, a vida, a morte, a medicina e o vício? Teresinka mostra que entende do amor e da poesia, e assim da natureza, é claro.

__________________________

*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina e é amigo de Teresinka Pereira. E-mail dela: tpereira@buckeye_express.com.



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