METODOLIA
O trabalho pré-determinado cientificamente que contempla as exigências da educação no ensino médio, fundamental e mesmo outros, proposto pelo Estado e instituições de ensino particulares é absorvido na íntegra pelas instituições Graduadoras, dá-se de forma conteudística embasada na literatura de pensadores que determinam cientificamente tais segmentos (Didático, psicológico, filosófico, metodológico, pedagógico, etc.) excluindo os anseios de uma sociedade que emerge contrapondo quase que na totalidade dos métodos existentes. Todo estudo metodológico para a educação se faz partindo do pré-suposto de que o aluno está pré-disposto a adquirir os conhecimentos propostos pelo professor. Não se criou, ou, se o fez, não foi devidamente aplicado na fonte de distribuição do conhecimento (professores) algo com suporte científico eficaz que contemple as exigências que espontaneamente se dão vindas da nascida condição da emergência de um novo fato social, de novas e diferentes estruturas familiares e das ansiedades obscurecidas por falta de organização desta sociedade recente, mesmo por ser nascente e espontâneo.
Há uma avalanche de teorias propostas que obedecem a critérios pré-estabelecidos: Universidades que formam sob tais, e não há eficazmente método que organize o pensamento do EDUCADOR afinando-o com a necessidade existente.
A escola está mudando para dentro da própria instituição, ao contrário do que se acredita, pois, todo pensamento desenvolvido para atender as necessidades da sua clientela esbarra no poder do sistema que diz modernizar a idéia, mas, continua com prática do início do século passado, pois, quando se fala de postura do profissional da educação entende-se que há uma imposição na personalidade de cada um, o que na verdade, postura, parte de um radical fundamentado para a prática necessária, e deste tronco postural, o profissional, deve aí sim, condicioná-lo aos seus pensamentos e jeitos individuais.
Quando Freire escreveu sobre educação na década de 60, o fez para uma sociedade consciente e politizada (leia-se aqui a isenção dos rurais), e hoje ainda embora se leve em conta modernos pensadores do método de ensino, continua-se crer no eixo da pedagogia ultrapassada, o que não contempla nem de longe as necessidades desta sociedade que se formou liberta de um regime político que gerou alienados de causas cidadãs, que acredita apenas em direitos paternalistas, e, que o sistema político é obrigado a assisti-la. Vê-se os resultados negativos dos embates de educadores trombando por corredores com problemas maximizados por falta de entendimento do que acontece na realidade (mascarada por necessidades políticas que não interessam pelo problema e cobram resultados, enumerando profissionais, e incitando cobranças).
LUIZ ANTONIO BARBOSA
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