Divórcio
Já muito se comentou que o divórcio é muito parecido com a morte , mas com duas ou três motáveis diferenças. Depois da morte de um cônjuge há um período de luto , mas não há um sentimento de rejeição e perda de confiança. A solidão, sim, e a perda, naturalmente, mas as lembranças dos anos que passaram juntos continuam intactas, imaculadas .
Quando um casal se divorcia, ficam sem nada além da dor e uma série interminável de perguntas: Foi tudo falso ? Ela realmente me amou ? O que se passou realmente em seu coração quando parecia feliz ? Será que já abrigava dúvidas secretas, desejos ocultos ?.
Quando um cônjuge morre, ele ou ela se foi. Quando um casal se divorcia, o relacionamento morre, o amor morre, o casamento morre, mas o cônjuge continua vivo. Freqüentemente a pessoa divorciada tem de se relacionar com o seu ex-cônjuge durante anos por causa dos filhos, e esse contato contínuo pode ser emocionalmente violento e desgastante.
Finalmente se uma pessoa perde o cônjuge pela morte,ele ou ela recebe a simpatia e apoio emocional durante o período de luto, pelo menos inicialmente. As pessoas divorciadas, por um lado, são geralmente tratadas como se recebessem o que mereceram. Por vezes, são abandonadas para que sigam o seu próprio caminho – talvez não sejam condenadas, mas são ignoradas.
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